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Alden alega não ter recebido vídeo que motiva possível cassação e pede sigilo em processo

Por Mari Leal

Alden alega não ter recebido vídeo que motiva possível cassação e pede sigilo em processo
Foto: Priscila Melo/Bahia Notícias

Prestes a finalizar o prazo de 10 dias úteis para apresentar defesa junto ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), em função de um processo disciplinar que pode culminar com a cassação de seu mandato, o deputado bolsonarista Capitão Alden (PSL) adotou uma estratégia “retórica”, mas que pode lhe garantir mais tempo para traçar a estratégia.

 

Em ofício encaminhado à Casa no dia 2 de junho, Alden questiona o fato de não ter sido enviado para ele, junto com a notificação do processo, recebida no dia 26 de maio, a “mídia (vídeo), que, supostamente teria dado causa ao processo disciplinar”. 

 

A motivação inicial do processo que inaugura o Conselho de Ética da AL-BA é um vídeo feito pelo próprio parlamentar no dia 25 de maio. Na gravação, ele acusa os colegas da bancada de oposição de receberem mensalmente R$ 1,6 milhão mensais da prefeitura de Salvador. Na ocasião, no entanto, Alden não detalhou qual seria a finalidade do repasse e nem apresentou provas do que disse (reveja).

 


Foto: Bahia Notícias

 

Conforme apurado pelo Bahia Notícias, o presidente do Legislativo baiano, Adolfo Menezes (PSD), já enviou ao parlamentar as informações solicitadas, inclusive uma cópia da audiência da Mesa Diretora que encaminhou a abertura do processo. 

 

No ofício de número 058/2021, ao qual o BN teve acesso, Alden também alega não ter sido informado pela colegiado de “como poderá apresentar a respectiva defesa”. Ele chega a sugerir ao colegiado a adoção de uma modelo baseado na Câmara dos Deputados.

 


Foto: Bahia Notícias 

 

Por fim, o deputado solicita que a representação contra ele prossiga em condição de “sigilo processual”. Argumenta que “diante da necessidade de o peticionante juntar documentos como matéria de defesa que, na maioria dos casos, envolve processos ou procedimentos que tramitam em segredo de Justiça perante os órgãos fiscalizadores em desfavor do Estado da Bahia”.


Foto: Bahia Notícias 

 

O Conselho de Ética irá se reunir presencialmente nesta quarta-feira (9) para avaliar, inclusive, a possibilidade de dilatação do prazo de defesa do investigado. De acordo com o regimento, a apresentação da defesa pode ser condicionada aos 10 dias úteis a partir da notificação ou em prazo equivalente a cinco sessões ordinárias. Em condição de anonimato, um membro do colegiado disparou: “Ele [Alden] precisa aprender que as coisas não são como ele quer”. 

 

No início de maio, a reportagem do BN buscou contato com o parlamentar. Por meio da assessoria, afirmou que não poderia adiantar detalhes sobre a linha de defesa que adotaria.