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Com alta de números da Covid-19, entidades resistem a novas restrições em Salvador

Por Mauricio Leiro

Com alta de números da Covid-19, entidades resistem a novas restrições em Salvador
Foto: Reprodução / Setur

Não muda a cor, mas muda o sentido. De fase amarela (reveja aqui) para a luz amarela (veja mais). Salvador atingiu nesta quarta-feira (19) o índice de 84% de ocupação dos leitos de UTI destinados para o novo coronavírus. Mesmo com a possibilidade de novas restrições, as entidades comerciais resistem a novas medidas para o setor e veem com "muita preocupação" novas mudanças. 

 

"Não existe razão de fechar novamente e sim trabalhar efetivamente a aglomeração da informalidade. Temos que conscientizar a população. As empresas trabalhando. Todo comércio formal adota todas as medidas de contenção. É aprimorar e ver o escalonamento para que não exista aglomeração no transporte público. Todo lugar do mundo você tem em horários de pico a aglomeração. O trabalho de escalonamento tem que ser perseguido e aprimorado", disse o presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB), Mário Dantas.

 

Para Dantas, o poder público deveria "ter medidas mais enérgicas de aglomerações informais". "A preservação de vidas é prioridade e é papel do gestor tomar as medidas", acrescentou.  

 

Responsável pelo setor de bares e restaurantes, Leandro Menezes, presidente do Conselho da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), comenta que o setor tem conhecimento das medidas apenas pela imprensa. "Até então só estamos sabendo pela imprensa. É lamentável, o governador e o prefeito mandando recado para a imprensa. Deveria existir uma relação mais estreita no setor. As ações muitas vezes são injustas e sem embasamento científico. Existe uma preocupação, não abriram diálogo, nem com a Abrasel, nem com o trade turístico", disse ao Bahia Notícias.

 

"Nossa preocupação é grande. Sempre foram medidas injustas e direcionadas ao setor. Falam de forma desrespeitosa com o setor. Tivemos um impacto gigantesco nesse período de medidas. Se vier mais uma leva de medidas restritivas sem embasamento o setor vai sucumbir. Os poucos que resistem à base de empréstimos, eles vão sucumbir. Não existe mais estrutura financeira. Ninguém tem interesse mais em se endividar. O setor está arrasado", ressaltou Leandro. 

 

VAI FECHAR, PREFEITURA E GOVERNO?

Com a elevação nos índices da pandemia, a indicação das autoridades da ultrapassagem na ocupação de leitos de UTI seria de novas medidas de restrição. Apesar disso, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), não deve fechar bares e restaurantes. 

 

Segundo interlocutores ligados ao prefeito, a ideia é "manter a cidade rodando" por conta da dificuldade financeira já causada em outros fechamentos durante a pandemia. Porém, a prefeitura não descartaria "alguma medida de restrição" para o setor, como o impedimento de venda de bebidas durante os finais de semana. 

 

Segundo fonte ligada ao governo, Rui Costa também estaria relutante em promover o fechamento. E a justificativa dos altos índices da pandemia seria a sobrecarga da capital baiana com pacientes vindos do interior do estado, e com isso, Salvador não poderia "ser penalizada".