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União 'trava' transferências para pandemia e Salvador acende alerta nas finanças

Por Bruno Luiz / Fernando Duarte

União 'trava' transferências para pandemia e Salvador acende alerta nas finanças
Foto: Reprodução/ Facebook

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, afirmou nesta terça-feira (11) que a gestão só tem condições de manter a atual estrutura de combate à pandemia, com recursos próprios, até junho. Bruno revelou que a situação das finanças municipais é “delicadíssima”, o que acendeu o sinal vermelho na prefeitura.

 

“Estamos entrando no superávit, que era uma poupança deixada pelo ex-prefeito ACM Neto. No mês de abril, tivemos que recorrer a essa poupança”, afirmou o prefeito, ressaltando que os meses de fevereiro e março são os melhores da arrecadação municipal, em virtude da cota única do IPTU.

 

Parte dessa ameaça à saúde financeira da capital baiana é resultado do não reconhecimento das despesas contratadas para enfrentamento à pandemia e consequente não financiamento por parte do governo federal. “Estamos segurando essa estrutura nas costas, com orçamento do público soteropolitano. Os leitos do Hospital Santa Clara não foram reconhecidos. Do Hospital de Campanha, os 20 leitos da tenda de suporte respiratório não foram reconhecidos”, detalhou Bruno. O prefeito afirmou que vai a Brasília nesta quarta (12) para tentar destravar essas liberações junto ao Ministério da Saúde.

 

“No primeiro quadrimestre, o gasto da prefeitura foi superior ao que temos para pagar. Não temos como manter esses níveis de investimento para além do mês de junho”, lamentou o gestor soteropolitano. Segundo ele, ano passado Salvador recebeu R$ 553 milhões em transferências federais para o enfrentamento à pandemia, porém esse número caiu sensivelmente em 2021 - a cifra nos primeiros quatro meses foi de apenas R$ 53 milhões para a mesma finalidade.

 

Conforme previsão de Bruno Reis, a estimativa é que Salvador atinja 50% do público-alvo vacinado até o mês de junho, para tentar “retornar à normalidade” e assim desmobilizar as estruturas disponibilizadas para enfrentar a pandemia. “A situação é preocupante. A luz, que era amarela, se torna vermelha, em relação às finanças de Salvador”, ponderou.