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'Não acredito que vacina chinesa transmita segurança pela sua origem', critica Bolsonaro

'Não acredito que vacina chinesa transmita segurança pela sua origem', critica Bolsonaro
Foto: Sérgio Lima/ Poder360

Após dizer que o governo federal não compraria doses da vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribuiu sua decisão à desconfiança quanto à qualidade do imunizante. Em fase de teste como diversas outras vacinas, a CoronoVac é apontada como uma das mais promissoras no combate à Covid-19.

 

"Da China, nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população pela sua origem", disso Bolsonaro em entrevista à rádio Jovem Pan, na noite dessa quinta-feira (21).

 

"Acredito que teremos a vacina de outros países, até mesmo a nossa, que vai transmitir confiança para a população. A da China, lamentavelmente, já existe um descrédito muito grande por parte da população, até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido lá", acrescentou.

 

Os primeiros casos de coronavírus foram descobertos em território chinês, ainda em 2019. Mas o vírus se alastrou por todo o mundo e hoje o Brasil é o segundo país mais atingido em números absolutos. São 4.756.489 casos já confirmados e 155.403 mortes em decorrência da doença, de acordo com dados atualizados pelo Ministério da Saúde nessa quinta.

 

Mais cedo, ontem, Bolsonaro já havia afirmado a apoiadores que não adquiriria as doses do laboratório Sinovac (veja aqui). A declaração foi dada após o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, se reunir com o governador de São Paulo, João Doria - o governo paulista e o Instituto Butantan firmaram um acordo com a farmacêutica para a transferência de tecnologia e produção da vacina no Brasil, caso ela seja aprovada pelas autoridades regulamentadoras. 

 

Com isso, o objetivo era fazer com que o governo federal acrescentasse o imunizante no Calendário Nacional de Vacinação. Pazuello saiu do encontro apoiando a ideia e disse que a vacina do Butantan seria “a vacina brasileira”. "Com isso, o registro vem pela Anvisa e não pela Anvisa chinesa. E isso nos dá mais segurança e margem de manobra", declarou o ministro, de acordo com a revista Veja (saiba mais aqui). Ele levava em conta o fato de que o acordo fala em produção de 46 milhões de doses da vacina no Brasil, mas, ainda assim, acabou desautorizado por Bolsonaro um dia depois.

 

Em coletiva de imprensa realizada no fim da manhã de ontem, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou que “houve uma interpretação equivocada da fala do ministro” e acrescentou que o governo não irá comprar nenhuma vacina sem aprovação da Anvisa (veja aqui).

 

No entanto, o governo federal já firmou um acordo semelhante com o laboratório AstraZeneca, parceiro da Universidade de Oxford, na produção de uma outra vacina. Caso comprovada a eficácia desse imunizante, o governo brasileiro poderá ter 100 milhões de doses dele (saiba mais aqui). De toda forma, autoridades da área acreditam que mais de uma opção será necessária para atender a demanda da população.