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Neto diz que é 'impossível' retomar 100% da frota de ônibus: 'Impagável' ou 'Tarifa de R$ 5'

Por Lucas Arraz / Fernando Duarte

Neto diz que é 'impossível' retomar 100% da frota de ônibus: 'Impagável' ou 'Tarifa de R$ 5'
Foto: Lucas Arraz/ Bahia Notícias

O prefeito de Salvador, ACM Neto, bradou que é “impossível” cumprir a recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) para que a capital baiana retome o funcionamento 100% da frota de ônibus urbano (lembre aqui). De acordo com o gestor, “essa conta é impagável”. “Ou a prefeitura vai ter que botar mais dinheiro do que já vai colocar e aí vai faltar dinheiro para saúde, vai faltar dinheiro para a manutenção da cidade, para limpeza... ou vamos transferir para a tarifa”, informou o prefeito, durante inauguração da Lagoa dos Pássaros, na manhã desta sexta-feira (18).

 

Dados da prefeitura apontam que a frota atualmente conta com 80% dos veículos em funcionamento e apenas 54% dos passageiros que eram transportados no comparativo com o período anterior à pandemia. “Quem é que vai pagar essa conta? A prefeitura. Os números iniciais apontam uma necessidade - eu vou falar de um número que não está fechado - de R$ 30 milhões que a prefeitura vai ter que aportar no sistema em duas bacias. Porque a terceira nós estamos bancando. Estamos comprando óleo diesel, estamos pagando rodoviários para não ter demissão e paralisação de ônibus rodando na cidade”, reclamou o gestor soteropolitano.

 

“Eu não imagino, é óbvio, que o Ministério Público deseje que o cidadão venha a pagar R$ 5. Porque até o dia 31 de dezembro, enquanto eu for prefeito, não vou permitir que isso aconteça”, prometeu ACM Neto. O prefeito ainda ressaltou que uma das promotoras que assina a recomendação, Rita Tourinho, tem participado das discussões sobre o sistema de transporte público da capital baiana. “Eu recebi com surpresa”, lamentou.

 

‘NÃO TEM MILAGRE’

O prefeito tratou a conta como “impagável” e reclamou que o problema do modal é a “maior dor de cabeça hoje da cidade”. “A gente está numa linha absolutamente tênue para evitar que o sistema pare. Não tem milagre”, disse. “O sistema começou a se equilibrar, aí veio a pandemia. Lascou tudo”, deixando a baianidade se sobressair para, em seguida, pedir desculpas pelo termo.