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VLT/Monotrilho: Trens do Subúrbio podem parar operação até novembro, estima governo

Por Matheus Caldas / Bruno Leite

VLT/Monotrilho: Trens do Subúrbio podem parar operação até novembro, estima governo
Foto: Divulgação / SkyRail Bahia

A operação do sistema de trens do Subúrbio de Salvador pode parar em outubro para dar início à instalação do veículo leve sobre trilhos (VLT) na capital. A informação foi divulgada ao Bahia Notícias pelo secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedur) do governo do estado, Nelson Pelegrino (PT), que participou nesta quinta-feira (10) de uma reunião com membros da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), que opera o modal, além de representantes do consórcio Skyrail Bahia, que venceu a licitação da obra.

 

Ele sinalizou que, no encontro, foi sinalizado um prazo entre outubro e novembro para finalizar a operação dos trens. “Nós temos duas possibilidades: outubro ou novembro. Estamos conversando sobre isso. Isso tem a ver com o cronograma da obra. Já está tendo toda a mobilização. Temos a licença de Simões Filho, de Paripe até a Calçada. Estamos negociando o trecho da Calçada até o Acesso Norte, depois tem da Calçada ao Comércio, tem o trecho de Paripe e São Luís”, explicou, em entrevista ao BN.

 

De acordo com Pelegrino, o martelo deve ser batido nos próximos 15 dias. “Já apresentaram a nós uma versão. Fizemos críticas. Apresentaram hoje uma outra versão. Vou submeter ao governador e devemos definir o plano de ataque”, projetou. 

 

“A gente estava discutindo a execução do contrato. Quando vai iniciar o processo de desmobilização da via, parar a operação do trem, cronograma de obras... Teve a pandemia que atrapalhou algumas coisas”, acrescentou.

 

O "plano de ataque" ao qual o secretário se refere inclui ações como tamponamento da via, fim da operação dos trens, início da retirada dos trilhos, e sondagem.

 

A ordem de serviço para a intervenção foi assinada pelo governador Rui Costa (PT) no dia 10 de dezembro do ano passado. O valor total estimado para a obra é de R$ 2 bilhões (leia mais aqui). O VLT fará a ligação entre o bairro do Comércio, em Salvador, e a localidade conhecida como Ilha de São João, em Simões Filho.

 

Esta será a primeira fase de implantação e terá 19,2 km de extensão, com 21 estações. A expectativa é de que o meio de transporte beneficie 600 mil pessoas e tenha capacidade para realizar o transporte diário de 172 mil usuários.

 

Embora ainda não tenha saído do processo de licenças e elaboração de projetos, o VLT já causou polêmica, sobretudo entre moradores da região da Suburbana, que reclamam que não houve plano de reassentamento dessas famílias, assim como a definição de quais seriam as medidas compensatórias aos afetados (leia mais aqui).

 

Em março, um levantamento feito pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) apontou que os usuários do atual sistema de trens sofrerão forte impacto financeiro com a substituição dos veículos pelo novo VLT/Monotrilho. A consulta estimou ainda que cerca de 40% dos passageiros estão abaixo da linha da pobreza e 70% são beneficiários dos programas sociais do governo federal (leia mais aqui).