Bahiafarma poderá comercializar vacina russa se acordo avançar
por Bruno Luiz / Ailma Teixeira

Após confirmar o acordo de confidencialidade assinado entre o governo baiano e a Rússia, o secretário de Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, disse que, se tudo caminhar como planejado, a Bahiafarma deverá vender a vacina russa para o governo federal. Isso é o que prevê o memorando assinado entre as partes.
"Dando tudo certo, a proposta nossa no memorando de entendimento é que a Bahia seria a responsável pela comercialização da vacina no Brasil através da Bahiafarma", disse o secretário na entrega de uma unidade de saúde para reforço da Atenção Básica em Salvador, na manhã desta quarta-feira (9).
A notícia do acordo de confidencialidade foi divulgada pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo. A publicação afirma que o objetivo da parceria é conduzir o estudo em uma população de formação étnica diferente da russa.
Como esclarecido por Vilas-Boas, o governo baiano obteve acesso a informações sigilosas para analisar se pretende dar seguimento ao projeto. "Confirmando isso, nós iremos submeter o protocolo ao Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto Couto Maia. Na sequência, à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, Conep, em Brasília, e também à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Se eles aprovarem o protocolo, dentro de um mês a gente pretende iniciar esse estudo", explica o secretário. De acordo com Vilas-Boas, a previsão é testar 500 pessoas, mas o público de interesse não foi anunciado.
Batizada de Sputnik V, a vacina alarmou a comunidade científica quando foi anunciada pela rapidez em que o registro ocorreu, sem a divulgação de análises preliminares. Por outro lado, um estudo publicado na renomada revista britânica The Lancet, sobre as fases 1 e 2 do imunizante, indicou resultados promissores (lembre aqui).
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