Após 'bancar' Denice, Rui terá que articular chapa enquanto PT-BA vai focar no interior
por Matheus Caldas

Com o período de articulações políticas em efervescência, o governador Rui Costa (PT) resolveu agir para alavancar a candidatura da major Denice Santiago à prefeitura de Salvador. E, segundo apurou o Bahia Notícias, caberá a ele focar na campanha na capital baiana. Desta forma, o diretório estadual vai gerir as campanhas no interior do estado.
Rui é quem dá as cartas nos caminhos que o PT deve seguir no estado. Ele quem bancou o nome de Denice, principalmente após a desistência do presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, no final do ano passado (leia mais aqui). O afinco com que ele tratou a candidatura da ex-líder da Ronda Maria da Penha é um dos principais motivos para ele manter atenção redobrada em Salvador.
Enquanto isto, para ajudá-lo, o senador Jaques Wagner entrou em campo na última semana, apoiando o ex-governador Rui nas articulações em torno da campanha de Denice.
Os líderes petistas terão que trabalhar contra os últimos números apresentados pela major nas pesquisas. Em maio, ela apareceu atrás de pré-candidatos de partidos aliados, como Pastor Sargento Isidório (Avante), Olívia Santana (PCdoB) e Lídice da Mata (PSB) (leia mais aqui).
ENCONTRO ESTRATÉGICO
Embora esteja traçado que ele terá que dar atenção maior para Salvador, Rui deve se reunir com lideranças do PT neste sábado (22) para discutir sobre as estratégias nas 50 maiores cidades do estado. A ele, também deve ser apresentada a lista de nomes para a vice de Denice. O BN apurou na última semana que os petistas já definiram que uma mulher vai ocupar a posição. Nomes de PSB, PSD, Podemos e PL teriam sugerido nomes (leia mais aqui).
Os nomes são guardados a sete chaves, mas, nos últimos dias, disputas contra o PT passaram a ganhar espaço na imprensa. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, indicou que não faria composição com os petistas “em lugar nenhum nestas eleições” (leia mais aqui). O chefe do PL na Bahia, José Carlos Araújo, por sua vez, fez críticas a atenção dada por Rui nas articulações políticas. Em âmbito nacional, o partido já teria fechado acordo com Bruno Reis para fechar uma aliança em Salvador, reiterada sistematicamente pelo deputado federal Abílio Santana, presidente municipal do PL (leia mais aqui), embora o também deputado Jonga Bacelar (PL) tenha sugerido o nome da sua irmã, Kátia Bacelar, como vice (leia mais aqui).
Enquanto isto, o PSB tem Lídice como pré-candidata; o PSD retirou o senador Angelo Coronel e pôs sua esposa, Eleusa Coronel; e o Podemos, por sua vez, anunciou o deputado federal Bacelar como opção.
Notícias relacionadas
Notícias Mais Lidas da Semana
Podcasts

'Terceiro Turno': Saída da Ford e o desemprego na Bahia
Logo no início da semana uma notícia preocupante foi manchete no país inteiro: a Ford anunciou o encerramento de sua produção no Brasil. A medida atinge em cheio a economia baiana, já que há duas décadas o município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, abriga uma das fábricas da empresa americana no país. Com isso, milhares de profissionais perderão seus postos de trabalho. A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) avalia que a saída do setor automotivo do estado pode reduzir a riqueza gerada em torno de R$ 5 bilhões por ano. Mais avaliações e desdobramentos são abordados no episódio de nº 60 do podcast Terceiro Turno, apresentado pelos jornalistas Jade Coelho, Ailma Teixeira e Bruno Luiz.
DESENVOLVIMENTO SALVANDO VIDAS
Ver maisFernando Duarte

Boicote ao Enem: Um sonho impossível
No próximo domingo (17) milhões de estudantes brasileiros enfrentam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Aquele frio na barriga sobre o futuro, em 2021, terá outro sabor. O que estará em jogo não é apenas a entrada numa universidade, sonho para muitos. É o risco de ser contaminado pelo coronavírus, após muitos estarem sem aulas desde março do ano passado. A edição de 2020 da prova é, sombra de dúvidas, a mais assustadora de todas.
Buscar
Enquete
Artigos
Gestão Municipal: todos falaram em mudança, mas quantos têm coragem pra mudar?
Quando todos os gestores estão abrindo os trabalhos da terceira década do século XXI, a palavra da moda é mudança. Mas, infelizmente, este tem sido um termo cosmético e de enganação em nossa sociedade. Principalmente, na Gestão Pública.