Após dois meses da saída de Cibele, tratativas para nova chefia da Serin-BA estão 'paradas'
por Mari Leal

Responsável pela articulação e mediação entre a gestão estadual com deputados estaduais e federais, indicação e destinação de emendas, entre outras questões, a Secretaria de Relações Institucionais do Estado da Bahia permanece sem titular há exatos dois meses e, até esta terça-feira (4), a probabilidade é de que assim permaneça por mais tempo. No início de junho, respeitando o prazo de descompatibilização de servidores que desejam disputar eleição, a assistente social e ex-prefeita de Rafael Jambeiro, Cibele Carvalho, deixou o cargo. Desde então, responde interinamente o chefe de gabinete, Jonival Lucas Júnior.
A vacância do posto, no entanto, conforme apurou o Bahia Notícias, não tem sido pauta de diálogo dentro do governo, situação que agrava as reiteradas “insatisfações” da base do governador Rui Costa (PT). “A situação está confortável para ele“, disse uma ponderada fonte uma ligada ao governo ao fazer referência à postura do governador de “dar de ombros” para a situação, mesmo diante da aproximação de uma disputa eleitoral atravessada por uma pandemia, com diversas medidas de isolamento social.
“Até hoje não foi feita nenhuma conversa. Chegamos até a tentar, mas não se vê também disposição do outro lado. A situação está parada”, relata outra fonte em tom de lamentação.
Cibele foi alçada ao cargo em 2018, ano em que Rui renovou o mandato. A “indicação” dela, dada as tratativas e “distribuição” dos cargos pós reeleição, entrou para a conta do Partido dos Trabalhadores (PT), mais especificamente na lista de indicações da corrente Democracia Socialista (DS). À época, o grupo entendeu que o governador precisava ter na Serin alguém de sua extrema confiança, mas que acumulasse traquejo na mediação com a base.
Se a confirmação de Cibele no cargo passou pelo crivo da DS, a saída, porém, deixou a desejar. O grupo só ficou sabendo pela “imprensa”, depois da divulgação oficial no Diário Oficial do Estado.
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