Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Política

Notícia

Coronel diz que Bolsonaro vai apoiar projeto de lei, 'a não ser que defenda fake news’

Por Bruno Luiz

Coronel diz que Bolsonaro vai apoiar projeto de lei, 'a não ser que defenda fake news’
Foto: Reprodução / Agência Brasil

Relator do projeto de lei das fake news, aprovado nesta terça-feira (30) pelo Senado, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) provocou o presidente Jair Bolsonaro a ler o texto atentamente antes de vetá-lo. Nesta quarta (1º), Bolsonaro sinalizou a apoiadores que poderia não sancionar a lei, caso ela seja aprovada pela Câmara dos Deputados (veja aqui).

 

“Quero que ele [presidente] leia, possa dissecar o projeto, que, tenho certeza, ele será um defensor. A não ser que ele seja torcedor de que as fake news se perpetuem no Brasil. Ele deve se debruçar para não seguir alguns seguidores que estão apaixonados pela causa de continuar disseminando fake news”, alfinetou Coronel, em entrevista ao Bahia Notícias. 

 

Bolsonaro avaliou que o projeto “não vai vingar” por achar difícil a aprovação do texto na Câmara. “Acho que na Câmara vai ser difícil ser aprovado. Se for, cabe a nós a possibilidade do veto. Acho que não vai vingar esse projeto”, afirmou na frente do Palácio da Alvorada.

 

A ótica de Coronel sobre isso, no entanto, é diferente. Para ele, a aprovação da matéria na Câmara será ainda mais fácil porque é uma questão de “sobrevivência” para os parlamentares, frequentemente alvos de ataques nas redes sociais. 

 

“Muitos parlamentares são vítimas de fake news e não vão mudar de conceito por pedido do presidente. É uma questão de sobrevivência do seu nome, eles não vão querer votar contra si mesmo”, declarou. 

 

Coronel também rebateu as críticas ao texto feitas até por entidades internacionais de defesa da liberdade de expressão e de direitos dos usuários de internet, que acusam o projeto de aumentar a censura e criminalizar o uso das redes sociais pelas pessoas. 
 
 
“Quem critica não fez a leitura real do projeto. Quem procurar ler o projeto a fundo vai saber que não existe nada disso, de cercear direito à liberdade de expressão. Não pode falar por falar porque é contra e quer inventar desculpa para a sociedade por ser contra o combate às fake news”, disse, para depois emendar que “liberdade de expressão não pode ser confundida com esculhambação.”