Galerias da AL-BA serão fechadas para reforma após ataque de manifestantes a deputados
Por Ailma Teixeira
Uma porta de vidro quebrada na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) é só um exemplo do caos que tomou conta do plenário durante a votação da reforma da Previdência baiana na última sexta-feira (31). Na ocasião, um agente penitenciário que estava à paisana conseguiu entrar armado no prédio da instituição e sacou a arma para um deputado. Relatos de jornalistas que cobriam a sessão indicam ainda que ele não era o único dos manifestantes a portar uma arma.
Tudo isso expôs as fragilidades na segurança da Casa Legislativa, o que fez a diretoria tomar providências.
Em entrevista ao programa “Isso é Bahia”, parceria entre o Bahia Notícias e a rádio A Tarde FM, o presidente da AL-BA, deputado Nelson Leal (PP) disse que a Comissão de Segurança vai até Brasília pegar as normas para o setor aplicadas no Congresso Nacional para implantá-las na Assembleia. Além disso, as galerias onde os manifestantes se aglomeraram serão fechadas para reforma.
"Nós vamos deixá-las com o acesso de sempre pra população assistir às sessões legislativas, mas que dê tranquilidade e segurança para os deputados que ali estão e também para os servidores da Casa. (...) Além de ter servidores parlamentares, tinha também a deputada Talita Oliveira (PSL), que está grávida no meio de uma guerra dessa", destaca Leal, acrescentando que em 21 anos de Parlamento nunca viu uma situação do tipo.
Ele foi o primeiro deputado a ser atingido, com três ovadas. Depois disso, o pepista garantiu aos manifestantes que eles seguiriam com a votação como questão de honra. Os deputados se reuniram na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e não só aprovaram a PEC em dois turnos, como também promulgaram o texto na mesma sessão (saiba mais aqui e aqui).