Acusado de matar mestre Moa saiu calmamente de bar após crime, diz promotoria
Por Maurício Leiro / Lucas Arraz
Acusado de assassinar o mestre Môa do Katendê em outubro do último ano, Paulo Sergio Ferreira de Sant’ana teria deixado calmamente o bar após cometer o crime, segundo relatos de testemunhas. A informação foi apresentada durante o debate entre a defesa e a promotoria no julgamento de Paulo Sergio que ocorre nesta quinta-feira (21), no salão principal do fórum Ruy Barbosa. O promotor David Gallo sustentou os relatos de testemunhas que viram Paulo Sergio sair do bar após cometer o crime.
“Quem viu ele sair do bar calmamente, vai em casa e se arma com uma faca. Após o ataque ele passou indo embora tranquilamente. E a defesa disse que ele estava desesperado”, disse Gallo.
A acusação entende que, se o acusado for absolvido, “estaríamos abrindo uma porta para que se mate uma pessoa apenas pelo olhar discriminatório”, disse o promotor durante o debate.
O CRIME
O capoeirista de 63 anos foi assassinado com 12 golpes de faca, na madrugada do dia 8 de outubro de 2018, horas após a realização do primeiro turno das eleições. Diante disso, o inquérito concluído pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontou que o assassinato foi motivado por uma discussão política-partidária — Santana e Moa brigaram em um bar, na comunidade do Dique Pequeno, em Salvador, antes do primeiro cometer o crime (saiba mais aqui).