Aliados veem com pessimismo desempenho de Colbert Martins, mas acreditam em reversão
Por Rodrigo Daniel Silva
Aliados do prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), viram com pessimismo o desempenho do emedebista no levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta semana pelo Bahia Notícias (relembre aqui). Ainda assim, eles acreditam que o gestor feirense pode reverter o resultado por ter a máquina na mão.
A consulta aponta que o deputado federal Zé Neto (PT), que é pré-candidato, lidera a corrida eleitoral com 26,5% das intenções de votos e Colbert aparece em segundo com 14,1%. Além de ficar em segundo lugar, o emedebista tem alto índice de desaprovação e rejeição (veja aqui e aqui).
Um integrante da cúpula do DEM disse, em conversa reservada, que a pesquisa "não foi boa para Colbert" e "abre espaço para a procura de nomes alternativos". Para ele, caso o prefeito feirense não decole, será preciso ter opções. O democrata ressalta que o desafio no cenário eleitoral da cidade será unir todos os governistas e, neste contexto, descartou a hipótese do grupo ter mais de dois candidatos.
Os deputados Targino Machado (DEM) e Dayane Pimentel (PSL) apareceram no levantamento com 10,6% e 10,4%, respectivamente. Dentro do partido do presidente Jair Bolsonaro, a avaliação é que o resultado animou Dayane, que antes pensava emplacar o seu marido, o secretário de Trabalho, Esportes e Lazer de Salvador (Semtel), Alberto Pimentel, como candidato. No entanto, agora já pensa em virar o "plano A" da sigla.
"O certo é que o PSL terá um candidato. Eu posso ser a candidata, mas também pode ser o Alberto Pimentel, caso o presidente Bolsonaro avalie que seja melhor eu permanecer na Câmara dos Deputados, em Brasília", afirmou Dayane, em entrevista ao Bahia Notícias.
Outro democrata próximo a Colbert avaliou que o prefeito feirense consegue reverter. Para ele, tem faltado, por enquanto, uma "boa comunicação" na gestão. Segundo o aliado, o prefeito tem muitas obras para entregar até o próximo ano e se melhorar a comunicação, vai derrubar o alto índice de rejeição.
O ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB) concorda. "É cedo para dizer alguma coisa. Logicamente, era melhor se ele estivesse na frente. Mas não é nada desesperador. É possível reverter. Ele tem um pouco mais de um ano de gestão", pontuou. Se Colbert for candidato à reeleição e o DEM não tiver candidato, será a primeira vez na história que não haverá um representante democrata na disputa eleitoral (saiba mais aqui).
Perguntado se o desempenho de Colbert pode animar o DEM a ter candidato próprio, Lúcio Vieira afirmou que sim, mas deixou um aviso. "Se o DEM machucar muito os aliados para crescer, achando que crescendo sozinho vai garantir a vitória no futuro, pode ser o contrário. Tem que ser generoso com os aliados", pontuou.