Salvador tem maior taxa de desocupação desde 2012; cidade lidera ranking entre as capitais

Com taxa de desocupação de 17,7% no segundo trimestre deste ano, Salvador registrou o maior índice de pessoas à procura de um trabalho desde o início da série história da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua), em 2012. A cidade também empatou com Manaus, no Amazonas, e Macapá, no Amapá, na liderança do ranking entre as capitais do país.
Esse número foi divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado mostra que o quadro geral na Bahia não é muito diferente da capital. O estado registrou taxa de desocupação de 17,3% de abril a junho. A média ficou abaixo da verificada pelo estado no primeiro trimestre, de 18,3%, mas ainda assim foi a maior do Brasil.
Já a Região Metropolitana de Salvador (RMS) teve taxa de desocupação de 18,6% no segundo trimestre, levemente menor do que a registrada no primeiro, de 18,7%. Com isso, a RMS subiu no ranking de desocupação entre as regiões metropolitanas do país, passando do terceiro para o segundo lugar.
Quanto à população desalentada, que se refere ao grupo que está fora da força de trabalho por não conseguir emprego, não ter experiência, ser muito jovem ou muito velho ou não encontrar trabalho na localidade, a Bahia concentra a maior taxa do Brasil. São 766 mil pessoas nessa situação, mas houve uma segunda redução nesse contingente diante do primeiro trimestre, com 768 mil pessoas nesse quadro, e em relação ao segundo trimestre de 2018, quando 843 mil pessoas estavam desalentadas.
No estado, o número de empregados com carteira assinada ficou em 1,472 milhão, com discretos aumentos tanto em relação ao primeiro trimestre de 2019 (1,464 milhão) quanto em relação ao segundo trimestre de 2018 (1,467 milhão). Empregados sem carteira são os que mais aumentam em relação ao ano passado.
O número de trabalhadores cresceu mais na agropecuária, com o acréscimo de 84 mil trabalhadores, na administração pública, com mais 53 mil, e na indústria de transformação, com mais 28 mil.
O rendimento médio dos trabalhadores neste período ficou em R$ 1.540 na Bahia, R$ 2.443 em Salvador e R$ 2.248 na Região Metropolitana. Os três apresentaram recuos em todas as comparações.
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