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Assessor de Bolsonaro para a Educação defende reforma curricular nas escolas e para cotas

Assessor de Bolsonaro para a Educação defende reforma curricular nas escolas e para cotas
Foto: Reprodução / Facebook

O general Aléssio Ribeiro Souto, escolhido para o Ministério de Educação de um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL), defendeu uma revisão dos currículos e das bibliografias usadas nas escolas de ensino básico. O objetivo da mudança seria evitar que crianças sejam expostas a “ideologias e conteúdo impróprio” a temas como o “regime de 1964”. Em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, o general também defendeu que professores devem expor a "verdade" sobre o regime militar, narrando, por exemplo, mortes “dos dois lados”.

 

“Em 1964, houve 450 mortes dentre aqueles que queriam implantar a ditadura do proletariado. Mas houve 117 mortes daqueles que não queriam. Quando você trata dos problemas e das mortes  - e guerra traz mortes - tem de tratar dos dois lados”, disse Ribeiro Souto. “Com frequência, minhas filhas chegam em casa falando coisas que não posso aceitar. Mas não está no livro de história, está na boca do professor”, argumentou o militar ao defender a reforma bibliográfica nas escolas. 

 

Para o assessor, o problema nas escolas brasileiras está no que ele chamou de “orientação ideológica”. “A orientação ideológica tenta convencer de aspectos políticos e até religiosos. Houve Darwin? Houve, temos de conhecê-lo. Não é para concordar, tem de saber que existiu”, explicou. 

 

O general também falou sobre o que pensa da política de cotas, ponto sensível dentro da campanha de Jair Bolsonaro. “Elas estão sendo necessárias para alguns e mal utilizada por outros para resolver um problema de má gestão governamental. Nossa proposta é a prevalência do mérito. Mas como fazer? Eliminar agora? É preciso equilíbrio. Que tal  ensino complementar aos desassistidos?”, defendeu Ribeiro.

 

Ex-chefe do Centro Tecnológico do Exército, o general foi chamado a coordenar os debates de ciência e tecnologia e acabou acumulando a pasta de educação, no planejamento do governo de Bolsonaro. O deputado federal que disputa o segundo turno das eleições presidenciais promete redução do número de ministérios do Executivo.