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Manifestantes se reúnem em São Paulo para ato em homenagem a Moa do Katendê

Manifestantes se reúnem em São Paulo para ato em homenagem a Moa do Katendê
Foto: Alana Ambrosio/ CBN

Um grupo de cerca de 300 pessoas se reuniu na manhã desta segunda-feira (15), na Praça da República, no Centro de São Paulo, para fazer um ato em homenagem ao mestre Moa do Katendê, assassinado a facadas após uma discussão com um eleitor do candidato Jair Bolsonaro (PSL), em Salvador (leia aqui). 

 

Segundo informações da rádio CBN, o ato começou por volta das 11h, com a formação de uma roda de capoeira. Depois, houve um cortejo pela praça e, por volta das 13h30, teve início a apresentação de um grupo. Durante a homenagem, manifestantes também protestaram com cartazes em que pedem cultura de paz no país. Segundo organizadores do movimento, o ato é uma forma de luta e resistência do povo negro e pela memória de Moa. 

 

Além dos cartazes, manifestantes levaram para a Praça da República uma grande bandeira com os dizeres “Mestre Moa e Marielle Franco presentes”, trazendo uma referência à vereadora do Rio assassinada a tiros com o motorista Anderson Gomes, em 14 de março deste ano.

 

O capoeirista e compositor foi morto por Paulo Sergio Ferreira, preso em flagrante quando tentava fugir após cometer o crime. Em entrevista ao jornal Correio, o irmão das vítimas, Reginário Rosário, 68 anos, contou que Moa estava com ele e outro irmão no Bar do João, no Dique Pequeno, quando o autor das facadas começou a defender Bolsonaro. "Moa ponderou que ele era negro e que o cara ainda era muito jovem e que não sabia nada da história. Moa disse ainda que ele tinha consciência do quanto o negro lutou para chegar onde chegou e o quanto Bolsonaro poderia tirar essas conquistas se chegasse ao poder", disse Reginário.

 

Após a discussão, segundo o irmão das vítimas, o autor teria ido em casa e retornou com uma peixeira. Moa teria sido atingido nas costas pelo golpe. "Foi tudo muito rápido", acrescentou Reginário.