Sem conquistar reeleição, líder da oposição na AL-BA deve se dedicar a advocacia em 2019
por Lucas Arraz

Sem conseguir se reeleger deputado estadual no último domingo (7), Luciano Ribeiro (DEM) estará fora da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e da liderança da oposição da Casa a partir de 2019. Sem mandato, o ex-prefeito de Caculé declarou que deve se dedicar à advocacia e ainda não tem planos para redisputar a prefeitura da cidade em 2020.
Com um pouco mais de 42 mil votos, Ribeiro não ficou entre os 70 postulantes mais votados neste ano. A bancada de minoria liderada por ele também sofreu derrotas e foi a que mais diminuiu na Assembleia.
De 20 cadeiras conquistadas em 2014, a oposição foi reduzida para 16 ocupantes. Perguntado sobre quem seria o responsável pela derrota, o líder minimizou qualquer crítica a José Ronaldo (DEM) e ACM Neto (DEM), candidato ao governo e articulador da campanha do grupo.
“O responsável é o povo que deu a sua posição. A gente [oposição na AL-BA] não conseguiu um bom desempenho durante a campanha e o nosso candidato a governador também não teve esperança de vitória”, falou. “Porém, José Ronaldo foi uma boa escolha [de candidato]. Um nome experimentado, mas o nome não representou muito bem e o povo preferiu manter o projeto de uma majoritária que já estava no poder”, completou Ribeiro.
No início do processo eleitoral, a desistência de ACM Neto em disputar o governo foi motivo de atrito entre aliados, sobretudo candidatos a AL-BA que acreditavam que a escolha do prefeito de Salvador poderia atrapalhar a eleição da oposição. Na época, porém, Ribeiro defendeu que a bancada aumentaria em 2018 (lembre aqui).
Adversário de Ribeiro dentro da AL-BA, o líder da maioria, o deputado estadual Zé Neto (PT), lamentou a não eleição do colega. “Luciano Ribeiro é um deputado muito preparado e disposto a debater. Um político seguro de suas convicções e muito coerente. É lamentável que a Casa Legislativa perca um deputado desse”, discursou Zé Neto.
Notícias relacionadas
Notícias Mais Lidas da Semana
Podcasts

'Terceiro Turno': Saída da Ford e o desemprego na Bahia
Logo no início da semana uma notícia preocupante foi manchete no país inteiro: a Ford anunciou o encerramento de sua produção no Brasil. A medida atinge em cheio a economia baiana, já que há duas décadas o município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, abriga uma das fábricas da empresa americana no país. Com isso, milhares de profissionais perderão seus postos de trabalho. A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) avalia que a saída do setor automotivo do estado pode reduzir a riqueza gerada em torno de R$ 5 bilhões por ano. Mais avaliações e desdobramentos são abordados no episódio de nº 60 do podcast Terceiro Turno, apresentado pelos jornalistas Jade Coelho, Ailma Teixeira e Bruno Luiz.
DESENVOLVIMENTO SALVANDO VIDAS
Ver maisFernando Duarte

Vacinas a serviço da saúde e do marketing político
A aprovação da Anvisa dos pedidos de uso emergencial feitos pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para vacinas contra o novo coronavírus ficou em segundo plano na batalha pelo marketing travada entre o governador de São Paulo, João Doria, e o governo federal. O que deveria ser motivo de celebração serviu como mais um episódio das sucessivas crises e tensões entre atores políticos. A saúde, principal foco dos imunizantes, foi a desculpa para uma briga mesquinha e que nem todos estão dispostos a enxergar.
Buscar
Enquete
Artigos
Gestão Municipal: todos falaram em mudança, mas quantos têm coragem pra mudar?
Quando todos os gestores estão abrindo os trabalhos da terceira década do século XXI, a palavra da moda é mudança. Mas, infelizmente, este tem sido um termo cosmético e de enganação em nossa sociedade. Principalmente, na Gestão Pública.