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Veja as propostas dos candidatos ao governo da Bahia para a interiorização dos serviços

Veja as propostas dos candidatos ao governo da Bahia para a interiorização dos serviços
Foto: Reprodução / G1

O Bahia Notícias fez uma série de entrevistas com os candidatos ao governo da Bahia nas Eleições de 2018. Eles explicaram suas propostas para as seis áreas consideradas mais importantes para os eleitores baianos: Educação, Geração de Emprego, Segurança Pública, Interiorização da Bahia, Saúde e Combate à Corrupção.

 

Para interiorizar os serviços para os municípios baianos, descentralizando os recursos da capital para o resto do estado, os candidatos ao governo propõem uma parceria com o turismo e atração de grandes empresas para formação de emprego no interior, instalação de cadeias produtivas de produtos agrícolas, entre outras sugestões. Veja a seguir todas as propostas dos candidatos:

 

 

RUI COSTA (PT)

O candidato não concedeu entrevista ao Bahia Notícias.

 

ORLANDO ANDRADE (PCO)

Se você fortalece os municípios, que em grande parte não têm controle financeiro e fiscal nenhum, você fortalece e dá condição dos municípios crescerem e terem autonomia econômica. Os municípios sofrem um gargalo enorme no controle fiscal, e pagam um alto imposto para o estado e para a federação o que deve ser revisto. Na verdade isso deve acabar, os municípios não conseguem sobreviver, e esse dinheiro que é repassado dos municípios para o estado e para a federação, em sua grande maioria, é pra pagar dividendos das dívidas de juros absurdos para os banqueiros.

 

ZÉ RONALDO (DEM)

Eu até falei algumas coisas da interiorização, falei dos aeroportos de Conquista, Porto Seguro e Ilhéus, falei do semiárido. Vamos buscar aqui essa questão do canal do sertão baiano, isso é uma obra muito importante, que eu acho que vai ajudar muito a transformar a Bahia, essa obra tem que vir junto com o Ministério da Integração Nacional, mas o governo vai trabalhar junto nisso.

 

Nesses últimos 12 anos nós não tivemos um grande projeto como a gente teve no passado, o polo petroquímico que o governo estadual participou ativamente, o polo automobilístico que também o governo do estado participou, o polo calçadista, lá no Extremo Sul o polo de celulose. Isso foram coisas que aconteceram na Bahia nas últimas décadas e que teve o apoio do governo estadual e que, infelizmente nesses últimos anos, a gente não conhece nenhum projeto grandioso assim de geração de renda e emprego. Com certeza absoluta, nós não vimos nesses 12 anos. Então o que a gente pode é voltar para fazer isso, fazer a Bahia ser protagonista nisso, atrair e fazer novas conquistas importantes para o nosso estado.

 

CÉLIA SACRAMENTO (REDE)

A interiorização na nossa gestão vai acontecer com o foco na preocupação que temos que ter com a questão do turismo.

 

O turismo é uma mola propulsora de crescimento e desenvolvimento, só interiorizando o turismo nós vamos gerar muito emprego e renda, só que para interiorizar nós vamos precisar cuidar da questão da segurança. Precisamos cuidar da questão da segurança para atrair investimentos, nós precisamos interiorizar o turismo, interiorizar a indústria levando-a para diversas áreas, fortalecendo os polos, que já existem na área da celulose, na área da calçadista, e na tecnologia de informática, identificando através de ciência e tecnologia como ampliar isso.

 

Nós vamos trabalhar interiorizando a identificação de toda a nossa capacidade mineral, de toda a nossa capacidade industrial, trazendo empresas, e as empresas vão vir para a Bahia com um incentivo do tributo ecológico, que é uma propostas da Rede Sustentabilidade, nós traremos empresas e nessa visão de parcerias, gerando emprego, nós vamos promover a inclusão social que o nosso povo tanto precisa.

 

JOÃO HENRIQUE (PRTB)

O atual governo da Bahia prometeu e não cumpriu, não sei porque, não é uma crítica destrutiva porque a ideia é tão boa que eu vou aproveitar, é uma crítica construtiva, um trem de alta velocidade Salvador-Feira de Santana. Eu vou fazer.

 

Já passou da hora de duplicar a BR-324 no trecho Salvador-Feira. Então além de pedir a Bolsonaro, porque é uma rodovia federal, é uma BR eu vou ter que pedir isso ao governo federal, para alargar essa pista, como é a São Paulo-Santos, que tem quatro pistas, então nós temos que botar essas quatro pistas na BR-324, mas aí é com o governo federal e o trem. Tem muita gente que depende desse trecho, então o trem de alta velocidade seria autossustentável e autofinanciável.

 

JOÃO SANTANA (MDB)

Quando se fala em recompor a economia agrícola só existe no interior. Nós somos o segundo maior produtor de algodão do Brasil, vou tentar instalar, vou tentar atrair para a instalação na Bahia a cadeia produtiva do algodão. Olhe bem, pra ver se a gente faz o fio, se a gente faz o tecido. Porque assim você arranja mais emprego e agrega mais valor através de impostos, através de uma série de vantagens. Então em todas as nossas lavouras eu vou tentar instalar a cadeia produtiva.

 

Nós já fomos o primeiro produtor mundial de sisal, nós já produzimos 190 mil toneladas, isso mal dá para amarrar os fardos de feno nos Estados Unidos, que é um bilhão e tanto de fardos de feno que eles fazem por ano. A gente só fica fazendo corda. Tudo bem que é bom fazer corda, é melhor do que não fazer nada, mas se existe o agave sisalana que é o que a gente usa e tem o "bolvare" que é o que faz a destilação, o sisal serve para alimentação animal, para estofaria, extração de celulose, para tanta coisa cara e ninguém faz nada na Bahia, ninguém nunca fez. Tem 108 anos que a cultura do sisal existe na Bahia, o último estudo sobre ela foi feito no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na década de 50.

 

Nós temos o biodiesel da mamona. Um hectare de mamona reduz sete toneladas de carbono da atmosfera. E para que você consiga colocar o máximo que pode permitido cientificamente no óleo diesel da Petrobras só pode ser 20% do biodiesel da mamona, mas pra ter 20% do biodiesel da mamona tem que plantar 1.380.000 hectares de mamona, é a reversão do semiárido, da zona do nordeste, sabe por quê? Porque nós não temos capacidade de plantar um milhão e tanto. Então seria agregar inclusive a Bahia e Pernambuco, Paraíba, etc. A Embrapa Mamona foi criada depois desse projeto, sabe onde colocaram a Embrapa Mamona? Na Paraíba. Nada contra a Paraíba, mas ela produzia na época 2,4% da mamona brasileira e a Bahia produzia 80%. 'Ah mas na época que criaram o governador da Bahia era Paulo Souto e o presidente era Lula'. Eu acho isso uma sacanagem. Depois disso Wagner passou oito anos e o atual governador mais quatro, e por que não foram buscar de volta?

 

MARCOS MENDES (PSOL)

É exatamente a nossa proposta. Como está a economia hoje no estado da Bahia? Centralizada. Em Salvador e região metropolitana, quase 60%. Extremo Sul, 5%. Aí vem os eucaliptos que a gente chama “deserto verde”, destruindo toda a Mata Atlântica com aquele papel e celulose, que é um absurdo. Você vai pra o Oeste da Bahia, soja, algodão e milho, também acabando e destruindo nosso cerrado e no Extremo Norte é o negócio da fruticultura, também está desmatando lá nossa caatinga que tem uma riqueza grande. Então, em mais de 300 municípios que fica esse oco, o sistema de cooperativas de geração de emprego e renda com a população do campo resolve isso.

 

Não estou querendo dizer que a gente vai tirar qualquer tipo de investimento de Salvador e região metropolitana. Não, a gente quer que nesse outros lugares seja fomentado, se cresça isso pra que eles contribuam com o PIB e diminua essa contribuição aqui de Salvador e região metropolitana e a gente pode fazer isso.

 

Vou dar um exemplo aqui, nós temos um banco de fomento, o Desenbahia que está previsto, mais ou menos, em torno de quase R$ 200 milhões pra o agronegócio, enquanto que para as comunidades tradicionais, pra agricultura familiar, em torno de R$ 200 mil, em torno de 0,1%. Por que isso acontece se você vai gerar milhares, milhões de empregos lá no campo e você investe no agronegócio que não traz nada pra o estado porque ele tem incentivos fiscais? Mas quem controla isso é o João Leão, vice-governador, e o senador Otto Alencar, eles têm relações íntimas com o agronegócio do veneno.

 

A gente não vai fazer isso, a gente vai fazer todo tido de fiscalização. E uma coisa importante também é a água, que é um bem comum. Eles estão acabando com a água do povo. Foi dada uma outorga de 178 mil metros cúbicos por dia, vou botar 178 milhões de litros por dia lá no Oeste da Bahia e acabou secando o Rio Arrojado.