Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Geral

Notícia

Empresa júnior baiana cria projeto para desenvolver conscientização política em escolas

Por Rebeca Menezes

Empresa júnior baiana cria projeto para desenvolver conscientização política em escolas
Ana e Gabriela, da Alfa Consultoria | Foto: Bahia Notícias

A menos de um mês das eleições, as redes sociais estão cheias de discussões sobre quem é o melhor político e o que se espera dos candidatos que forem eleitos. Mas mesmo em um ambiente de ânimos exaltados, muitos não sabem sequer qual é o papel de um deputado ou senador, ou quais são as obrigações do presidente. Para desenvolver a conscientização política de jovens, a Alfa Consultoria Júnior criou um projeto que pode ajudar não só os soteropolitanos, mas adolescentes em todo o país, a escolherem melhor seus candidatos e entenderem como funcionam os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

 

A ideia surgiu dentro da própria Alfa – empresa júnior da Faculdade Baiana de Direito. Formada apenas por estudantes de Direito, a proposta da empresa é não só oferecer consultoria jurídica mais barata, mas também gerar impacto positivo na sociedade investindo em criatividade. Foi assim que o “Future!” foi criado. Em entrevista ao Bahia Notícias, a presidente da empresa, Gabriela Aires, e a gerente de relacionamento jovem, Ana Beatriz Oliveira, explicaram como surgiu a vontade de discutir sobre política. “Desde a escola, nós somos cobrados para termos senso crítico que não nos é ensinado. Você tem que adivinhar. E como é que uma pessoa de 16 anos tira um título de eleitor e vota, sem ao menos ter esse conhecimento sobre política? Será que esse voto vai ser consciente? Então nós fazemos aulas que vão explicar o que um deputado ou vereador faz, como a política impacta no nosso dia a dia. Nós acreditamos que qualquer um pode ser apartidário, mas não apolítico”, defendeu Gabriela.

 

Os passos são simples: primeiro, uma equipe leva até as classes um jogo de aproximadamente 3 horas, para que cada classe aprenda sobre política de forma mais lúdica. Depois, os alunos passam por aulas que discutem as obrigações de cada poder, como funcionam as votações, como não acreditar em fake news, e até plataformas que podem ajudar a identificar quais candidatos têm ideais mais próximos dos seus.

 

“A gente entendeu que é bacana levar essas informações de forma lúdica e que se assemelhe mais à realidade desses alunos. Se você falar: 'pesquise um candidato'. Eles não vão querer. Agora se disser que tem uma plataforma que faz um quiz para você saber qual é o melhor candidato, eles já vão se interessar mais. Então nós queremos trazer sempre coisas novas, para ir adaptando o projeto da melhor forma”, detalhou.

 

Segundo a presidente da Alfa, o ideal é aplicar a iniciativa entre alunos do 2º ano do Ensino Médio. "Quando você está no primeiro ano, muitas vezes não tem a maturidade suficiente para discutir certos temas, então poderia não ser tão bem aproveitado. O terceiro ano é mais voltado para o vestibular, as pessoas estão focadas em outras coisas. Mas se você tem uma base, desde o segundo ano, de uma percepção política, de forma suprapartidária, você consegue ter um senso crítico para você levar essas informações para nossa compreensão dentro e fora da escola”, explicou.


Neste momento, a Alfa tem buscado parcerias com escolas de Salvador e Região Metropolitana e, para cada instituição particular que aceitar investir no projeto, uma pública será beneficiada de forma gratuita. E a intenção dos criadores é levar a proposta também para o resto do país. Eles inscreveram o “Future!” no “Desafio Todos Juntos Pela Educação”, que é proposto pela Cia de Talentos e pela Brasil Júnior [confederação de empresas juniores] e terá prêmios de até R$ 25 mil, além de suporte para desenvolver a iniciativa e ampliar seu impacto. "Os melhores projetos vão ser encaminhados para o Ministério da Educação, com possibilidade de se tornar política pública”, aponta Gabriela. O resultado do prêmio será divulgado no dia 7 de novembro.