PSDB tentou coligar com chapinha do PSC, mas foi barrado por partidos
Por Bruno Luiz
O PSDB engrossou nesta segunda-feira (6) o coro dos descontentes com a decisão de PSC, PPL, PTB e SD de formarem uma nova coligação proporcional. Mas o que queria mesmo era estar junto deles.
Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, os tucanos externaram desejo de compor a nova chapa com os quatro partidos. No entanto, foram barrados por eles, que, preocupados com a maior estrutura partidária do PSDB, ficaram receosos de ter o desempenho de seus candidatos a deputados federal e estadual prejudicado pela sigla. Caso coligassem com os tucanos, as siglas corriam o risco de perder vagas para nomes do PSDB.
O medo de estarem em uma chapa com DEM, PSDB e PRB foi justamente o que levou PSC, PPL, PTB e SD a partirem para outra coligação. Após PPS, PHS e PSL formarem uma chapinha, os quatro partidos perceberam que corriam perigo porque não teriam os chamados candidatos-escada – com menor potencial eleitoral – para fortalecer a legenda e, assim, impulsionar a votação, e consequente eleição, dos candidatos médios e maiores. Eles avaliaram que, se continuassem com DEM, PSDB e PRB, os maiores partidos da oposição, acabariam servindo justamente como os menores serviriam: de escada. Pelo medo de não eleger a quantidade de deputados esperada, partiram para uma coligação que pudesse lhes dar mais frutos.
Por outro lado, DEM, PSDB e PRB se insurgiram justamente pela falta de candidatos que pudessem ser um trampolim para eles. Agora, vão ter que lidar sozinhos com o ônus do tamanho que têm. Nessa coligação, quem preocupa, inclusive, é o PRB. No quesito deputados federais, o partido tem apenas três candidatos: João Roma, Tia Eron e Márcio Marinho. Segundo as contas eleitorais dos bastidores políticos, a sigla tem votos apenas para eleger dois. Mas, com a coligação, pode emplacar o terceiro. O problema é que este último viria às custas do sacrifício de alguém de outro partido. Provavelmente, do DEM. Porque o PSDB já tirou o corpo fora: vai sair sozinho na eleição para deputado federal.