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Com poeira baixa, diálogos para formar chapas começam a ter contornos mais pragmáticos

Por Fernando Duarte

Com poeira baixa, diálogos para formar chapas começam a ter contornos mais pragmáticos
Depois da tempestade, vem a bonança? | Foto: Reprodução / YouTube

O grande “rebuliço” político para as eleições na Bahia em 2018 seria a candidatura do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), ao governo do estado. No entanto, o gestor soteropolitano frustrou as expectativas de aliados e da oposição e permaneceu no posto. Nos próximos dias se completa um mês que a decisão foi anunciada, em uma série de reviravoltas, para usar uma palavra comum na imprensa à época. O tempo foi suficiente para que a poeira baixasse e o tom mais incisivo utilizado pelo círculo político começasse a ser substituído por uma postura mais branda. Afinal, disputar um pleito sob o estigma da fragmentação não levantaria sequer um debate útil para o processo eleitoral. O ponto fora da curva continua sendo o MDB, que, por uma questão de sobrevivência política na Bahia, ainda precisa adotar o espectro raivoso para conseguir angariar algum tipo de diálogo com as forças políticos do entorno – e até mesmo nos veículos de comunicação. Se agora, com a poeira assentada, já existe uma guarda mais baixa dos interlocutores políticos, imagine quando se aproximar o pleito, quando uma boia simples pode impedir que náufragos morram afogados? Em meio a uma parca chance de imprimir uma chapa majoritária competitiva, as “brigas” ficam mais restritas às negociações para as eleições proporcionais, que podem ser ainda mais decisivas para a sobrevivência política dos envolvidos. E esse processo de calmaria, inclusive, não se restringe ao grupo político de ACM Neto. Dentro da própria base do candidato à reeleição Rui Costa, os aliados que tentaram “engrossar o pescoço” viram que o poder de negociação foi reduzido com a saída de cena do prefeito de Salvador e recuaram nas virtuais tensões. A única aresta restante para Rui é encontrar um espaço para a senadora Lídice da Mata numa chapa praticamente definida com João Leão (PP) na vice e Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD) na disputa pelo Senado. Como o caminho sugere que a poeira também não deve levantar muito na construção das alianças, é certo acreditar que os articuladores políticos passem a ser mais pragmáticos e os nomes sejam oficialmente apresentados. Ao que parece, as eleições de 2018 serão uma fase de calmaria no processo político baiano. A não quer que haja uma tempestade, a exemplo de novas operações da Polícia Federal que atinjam atores importantes do cenário local. Desse tipo, entretanto, não há meteorologista que possa prever... Este texto integra o comentário desta quinta-feira (3) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Excelsior, Irecê Líder FM e Clube FM.