Grupo pede por intervenção militar e é vaiado por manifestantes
Por Renata Farias / Ailma Teixeira
Em meio à greve geral que protesta contra as reformas trabalhista e previdenciária do governo federal, um pequeno grupo de pessoas clama por intervenção militar no país. O integrante do movimento, Elias Souza, defende que os militares promoveram muitas construções no país durante os 20 anos do golpe. "Depois que os militares entregaram o poder, eles vêm minando, doutrinando as pessoas nas escolas, nas faculdades e fazendo tudo isso que não presta. Os três poderes estão corrompidos", avalia Souza. Apesar de ter sido vaiado quando passou em frente ao Shopping da Bahia com uma faixa que carrega o pedido de intervenção, ele ressalta que não se sentiu intimidado. Souza aponta que há respeito entre ele e os demais manifestantes apesar da oposição política, além de esclarecer que não defende as propostas do governo Michel Temer (PMDB). "Não estamos pedindo 'Fora, Temer' ou 'Fora, Dilma', estamos pedindo a faxina geral da nação, que precisamos disso aí. Noventa dias depois da intervenção militar, novas eleições", reforça, acrescentando que os inimigos estão no Congresso.