Natal deve ter queda em venda e oferta de vagas temporárias

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê um cenário pior que o do ano passado em relação para o período de Natal, com estimativa de queda de 4,1%. Segundo a Agência Brasil, é a primeira queda no período prevista pela entidade desde o início da série histórica, em 2004. O número de vagas de contratação temporária também reduzirá 2,3%, de acordo com projeção da CNC. “O emprego temporário é uma aposta que o comerciante faz no Natal. Quanto maior o crescimento das vendas, maior o aumento das contratações”, explicou o economista da CNC Fábio Bentes. A oferta de vagas temporárias costuma começar em setembro e se estendem até novembro. De acordo com a CNC, o setor mais afetado será o de móveis e eletrodomésticos, por conta da desvalorização do real, somada à alta da inflação e, principalmente, ao encarecimento do crédito. A retração nesta área deve atingir 6,3%. “A situação não deve melhorar até o Natal”, acredita Bentes, apostando que a taxa básica de juros (Selic) não deve cair até o fim do ano, o que reforça a taxa de juros recorde atual.