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Justiça Global formaliza denúncia à OEA contra policiais militares da Bahia

Justiça Global formaliza denúncia à OEA contra policiais militares da Bahia
Foto: Reprodução/ Voz da Bahia
A organização não-governamental (ONG) Justiça Global formalizou uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) contra policiais militares da Bahia. De acordo com informações da Agência Brasil, o teor da denúncia é sobre ameaças, intimidação e perseguições feitas pelos PMs a integrantes da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto, organizada por entidades que lutam contra o genocídio da população negra. A ONG afirma que a situação se intensificou após a morte de 12 jovens negros em uma operação policial no bairro do Cabula, em Salvador, quando a Campanha Reaja denunciou que não houve confronto entre os jovens e a polícia. A entidade caracterizou a ação como execução, o que posteriormente foi apontado por um inquérito feito pelo Ministério Público do estado. Policiais militares das Rondas Especiais (Rondesp) postaram na página da Reaja, em uma rede social, imagem com símbolos da campanha com a frase "reaja e será morta, reaja e será morto", com a logomarca da corporação. Há também registro de mensagens via WhatsApp para intimidar o coordenador do movimento, Hamilton Borges. No início deste mês, a Justiça acatou a denúncia do MP que pedia o indiciamento de nove envolvidos na chacina. Hamilton denunciou que na mesma semana uma viatura da PM passou para vigiar a rua onde ele mora e a estacionar o carro em frente à sua residência. A denúncia diz ainda que policiais militares revistaram e espancaram moradores do bairro. Relatos de integrantes da Reaja indicam ainda a realização constante de blitze no bairro do Cabula, especialmente próximo onde moram familiares dos jovens assassinados e que integram a campanha. A denúncia da Justiça Global inclui intimidações a jornalistas que cobriram o caso do Cabula e a execução de Geovane Mascarenhas de Santana, em Salvador, em 2 de agosto de 2014. A ONG soliciou à OEA o acompanhamento dos desdobramentos do processo do Cabula e das ameaças de morte aos integrantes da campanha Reaja, além da adoção de medidas que acabem com as violações dos direitos humanos pelo governo da Bahia.