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Graça Foster e Sérgio Gabrielli foram avisados sobre irregularidades na Petrobras, diz jornal

Graça Foster e Sérgio Gabrielli foram avisados sobre irregularidades na Petrobras, diz jornal
Foto: Vanderlei Almeira/ AFP/ JC
A presidente da Petrobras, Graça Foster, e seu antecessor no cargo, o atual secretário de planejamento do governo baiano José Sérgio Gabrielli, foram avisados sobre irregularidades em contratos na estatal antes da Operação Lava Jato, iniciada em março deste ano, de acordo com documentos obtidos pelo Valor Econômico. O substituto do delator Paulo Roberto Costa no posto de diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, também responsável pela Comissão Interna de Apuração de desvios na companhia. Os avisos partiram da gerente Venina Velosa da Fonseca, posteriormente transferida para Ásia e, por fim, afastada da petrolífera. Ela vai depor ao Ministério Público, em Curitiba, onde tramita o caso da Lava Jato. As suspeitas da ex-funcionária tiveram início em 2008, quando ela verificou que os contratos de pequenos serviços atingiram R$ 133 milhões entre janeiro e 17 de novembro daquele ano. O valor ultrapassou em muito os R$ 39 milhões previstos e a gerente procurou Costa para reclamar da dificuldade de rastreamento. Segundo ela, o então diretor de Abastecimento apontou o dedo para o retrato do presidente Lula e perguntou se ela queria "derrubar todo mundo". Costa também declarou, conforme Venina, que a gerente deveria procurar o diretor de comunicação, Geovanne de Morais, responsável pelos contratos.


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Ao encaminhar denúncia ao então presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, ele instalou comissão, sob a presidência de Rosemberg Pinto – atual deputado estadual baiano – para apurar o caso. O relatório da comissão apurou que foram pagos R$ 58 milhões em contratos de comunicação para serviços não realizados. O caso foi remetido para auditoria na estatal. Geovanne foi demitido, mas sem desligamento, acabou na Petrobras por mais cinco anos. Em 7 de outubro de 2011, Venina escreveu para Graça Foster, na época, diretora de Gás e Energia: "Do imenso orgulho que eu tinha pela minha empresa passei a sentir vergonha". "Diretores passam a se intitular e a agir como deuses e a tratar pessoas como animais. O que aconteceu dentro da Abast (Diretoria de Abastecimento) na área de comunicação e obras foi um verdadeiro absurdo. Técnicos brigavam por formas novas de contratação, processos novos de monitoramento das obras, melhorias nos contratos e o que acontecia era o esquartejamento do projeto e licitações sem aparente eficiência", denunciou.