Cinco meses após denúncias, Lagoa Timeantube segue em deterioração e moradores relatam agravamento na Praia do Forte
Por Redação
Cinco meses após um alerta sobre a degradação ambiental da Lagoa Timeantube, na Praia do Forte, no litoral norte da Bahia, moradores e veranistas afirmam que a situação do local continua a piorar. A preocupação havia ganhado força em junho deste ano, quando a comunidade realizou um abraço simbólico na entrada do Parque Klaus Peters para cobrar ações do poder público.
Em maio, antes da mobilização, foram registradas manchas escuras, forte odor e a morte de peixes, camarões e outras espécies na superfície da lagoa, um dos principais atrativos naturais da região. A situação motivou um alerta da TURISFORTE – Associação Comercial e Turística da Praia do Forte, que classificou o cenário, à época, como um “crime ambiental em curso”.

Foto: Divulgação
Agora, relatos apontam que o quadro permanece crítico. Segundo registros da comunidade, “a lagoa caminha para o caos total no que se refere à limpeza, odores e tratamento especializado”. Também foi relatado que “o clamor do povo cessou, caracterizando a desistência por falta de reciprocidade do poder público”.
Os moradores afirmam ainda que “o acúmulo de resíduos urbanos misturados com vegetais nocivos acelera o processo de deterioração do ambiente aquático e entorno”. Em outro trecho, há a avaliação de que “a curiosidade agora é identificar as próximas fases do processo de extinção".
De acordo com os relatos enviados à reportagem, moradores e veranistas seguem indignados diante do avanço dos problemas ambientais na lagoa.
RETIRADA DE QUIOSQUES
Outra queixa de permissionários e frequentadores de Praia do Forte, é a mudança na estrutura dos quiosques responsáveis pela venda de bebidas no local. De acordo com os relatos, a prefeitura teria determinado a demolição das antigas estruturas de madeira, incluindo os balcões utilizados pelos comerciantes, há quase um ano.

Foto: Leitor BN / WhatsApp
Desde então, segundo os permissionários, o atendimento passou a ser feito em mesas plásticas, improvisadas, o que estaria dificultando o trabalho diário. Uma das principais queixas é a altura reduzida das mesas, consideradas inadequadas para o manuseio de produtos e atendimento ao público.
Ainda conforme os relatos, a gestão municipal teria prometido apresentar uma solução definitiva para o problema, mas, até o momento, a situação permanece inalterada. Banhistas também apontam que a ausência das estruturas originais alterou o aspecto visual da praia e afetou a organização do serviço nas áreas de maior movimento.
