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Marca Bahia Notícias

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Mulheres são maioria em apenas dois dos 35 partidos políticos brasileiros

Mulheres são maioria em apenas dois dos 35 partidos políticos brasileiros
Foto: Reprodução / Fotos Públicas

Dados mais recentes levantados pela Justiça Eleitoral mostram que o país tem, no total, 16,7 milhões de filiados a partidos. No entanto, apenas 7,4 milhões desse total representam mulheres, que corresponde a uma porcentagem de 44%. Por mais que a conta pareça equilibrada, a disparidade aparece quando é percebido que somente dois dos 35 partidos brasileiros têm mais de 50% de filiados mulheres. São eles o Partido da Mulher Brasileira (PMB) e o Partido Republicano Brasileiro (PRB). Os dados foram divulgados em março de 2018 e ainda não refletem se o quadro irá se repetir durante as eleições de outubro.

 

Pesquisadores ouvidos pela DW Brasil apontam que as mulheres foram e são desestimuladas a participar da vida política do país. No caso das mulheres, os passos para entrar para a política institucional são muito maiores, já que séculos de dominação masculina na política as afastam do poder", comenta Luis Felipe Miguel, cientista político da Universidade de Brasília (UnB). Segundo o pesquisador, o que mais desestimula a participação feminina na vida política são as domésticas, que ainda recaem sobre elas. Mesmo nos ambientes sociais que concentram candidaturas femininas (como advogadas e professoras), as mulheres têm que enfrentar a dupla jornada de trabalho, dentro e fora de casa", reflete o pesquisador. Disso, decorre que é retirado delas o recurso político primário, que é o tempo livre: por geralmente serem as responsáveis pela gestão da vida doméstica e pelo cuidado com as crianças, sobra menor disponibilidade para os deslocamentos que uma campanha eleitoral e a vida parlamentar exige", diz ele.

 

De acordo com o site Uol, para as mulheres que já conseguiram superar os obstáculos domésticos, existem ainda os institucionais. Além de serem minoria entre os partidos, recebem menor exposição na mídia que os candidatos do sexo masculino e têm uma fatia menor dos recursos econômicos para as campanhas. Sem contar com o fato de que elas ainda costumam passar por ataques machistas e misóginos praticados pela mídia, pelos adversários e pelos eleitores.