Liberação reduz preço de maconha medicinal, diz pioneira da importação
Por Paula Soprana | Folhapress
Em 2014, quando as dificuldades para o acesso a medicamentos à base de canabidiol, substância derivada da maconha, foram expostas no documentário "Ilegal", que conta a história de Anny, uma menina com epilepsia e a doença rara CDKL5, sua família comprava o remédio da HempMeds Brasil, subsidiária da holding americana Medical Marijuana Inc.
A repercussão foi determinante para esquentar o debate sobre a regulamentação desse tipo de produto no Brasil, cuja importação foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no ano seguinte. Desde então, as empresas viram pouca evolução.
Nesta terça-feira (3), a agência aprovou novas regras ao registro de produtos à base de Cannabis para fins medicinais, incluindo fabricação local e venda na farmácia.
A HempMeds Brasil, considerada a primeira habilitada a importar no país, encarou a medida como um passo importante para a indústria farmacêutica, em especial para reduzir o custo do produto, que tem 50% da formação em dólar.
Essa mudança, porém, não atrai os maiores investimentos, que costumam acompanhar o cultivo. Na avaliação da presidente da empresa, Caroline Heinz, 34, a liberação do plantio dificilmente sai neste governo. Por telefone, ela falou à reportagem de San Diego, na Califórnia, de onde trabalha.