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'Fiquei quieto por 45 anos', diz Paulo Coelho sobre possível traição de Raul Seixas

Por Folhapress

'Fiquei quieto por 45 anos', diz Paulo Coelho sobre possível traição de Raul Seixas
Foto: Divulgação / Acervo Instituto Paulo Coelho

O escritor Paulo Coelho revelou, nesta quarta-feira (23), que sabia sobre a possibilidade de Raul Seixas tê-lo entregado para os militares durante a ditadura. "Fiquei quieto por 45 anos. Achei que levava segredo para o túmulo", escreveu no Twitter. A história, que estava oculta até agora, veio à tona no livro "Raul Seixas: Não Diga que a Canção Está Perdida", do jornalista Jotabê Medeiros, com lançamento previsto para o próximo dia 1º.

 

O caso, segundo a obra, aconteceu em maio de 1974, quando Raul e Coelho desfrutavam do sucesso de "Krig-ha, Bandolo!", disco lançado no ano anterior e que já tinha mais de 100 mil cópias vendidas. Segundo Medeiros, Raul havia sido chamado para dar um depoimento no Dops, o Departamento de Ordem Política e Social da ditadura militar, e ligou para o amigo para acompanhá-lo e ajudá-lo a dar os esclarecimentos sobre as músicas que haviam feito em parceria.

 

Paulo Coelho não sabia, mas essa não era primeira vez naqueles dias que Raul ia ao prédio. O autor de "O Alquimista" passou por sessões de tortura por duas semanas. "Comparei as datas e vi que, entre o primeiro depoimento de Raul ao Dops e o segundo depoimento, no qual ele levou Paulo Coelho, demorou pouquíssimo tempo", disse Medeiros em entrevista à Folha de S.Paulo.