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Silveira pede paz e acena a Prates após fritura do presidente da Petrobras

Por Fábio Pupo, João Gabriel e Marianna Holanda | Folhapress

Silveira pede paz e acena a Prates após fritura do presidente da Petrobras
Fonte: Antônio Cruz / Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (9) ter carinho, respeito e admiração pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, após ter reconhecido à Folha de S.Paulo haver um conflito "salutar" entre a atuação dos dois.
 

Desde o início da crise, a empresa oscilou bilhões de reais em valor de mercado, aumentando a insegurança dos investidores. O ministro afirmou que a possibilidade de Prates deixar seu cargo é especulação, e pediu que a estatal tenha paz para crescer.
 

"Que a Petrobras tenha um pouco de paz para continuar ganhando valor de mercado, aumentando seu potencial para poder gerar emprego renda", afirmou.
 

A saída de Prates do comando da Petrobras é ventilada há meses, mas foi intensificada principalmente após entrevista de Silveira à Folha de S.Paulo.
 

O titular da pasta reconheceu haver conflito entre seu papel e o do presidente da Petrobras -embora tenha acrescentado que vê a divergência como salutar, não pessoal-, disse não abrir mão de sua autoridade nas discussões, evitou avaliar o trabalho do presidente da empresa e culpou o executivo pelo ruído no caso dos dividendos.
 

"Fiz minha manifestação espontânea sobre minhas posições", disse nesta terça, sobre a entrevista à Folha de S.Paulo.
 

"De lá para cá, foram todas especulações. Cargo de presidente da Petrobras é do [guarda-chuva] presidente da República. Tenho o mais profundo respeito e e admiração pelo trabalho que desenvolveu como parlamentar o Jean Paul [Prates], profundo carinho e respeito pelo ser humano que ele é", concluiu.
 

Os dois foram colegas no Senado. A declaração aconteceu após evento no qual o presidente Lula (PT) assinou uma medida provisória para antecipar recursos da privatização da Eletrobras com objetivo de reduzir a conta de luz.
 

A medida também atendeu, de última hora, alterações pedidas pelo Congresso para manter os investimentos de fundos regionais, mas manter a proteção ao Amapá, estado que seria mais atingido pelo reajuste da tarifa.
 

A iniciativa, porém, ainda pode levar o consumidor a arcar com custo ainda maior no futuro.
 

Após as declarações de Silveira à Folha de S.Paulo, a coluna Mônica Bergamo noticiou que Prates pediu audiência com Lula para conversar sobre o bombardeio disparado contra ele. O presidente da estatal, que já não estava com a melhor imagem dentro do governo, ficou ainda mais desgastado com o movimento.
 

Segundo aliados, Lula já teria demonstrado incômodo com Prates em ao menos um episódio anterior e mencionado em conversas no mês passado uma potencial troca de Prates por Mercadante.
 

O presidente teria ficado contrariado com tuítes disparados por Prates na rede social X (antigo Twitter), em meados de março, declarando que a orientação para reter os dividendos extraordinários da Petrobras partiu do governo Lula -o que aumentou a polêmica em torno dos dividendos.