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Marca Bahia Notícias

Notícia

Toffoli anula uso de provas da Odebrecht em ação contra Delcídio do Amaral

Por Folhapress

Toffoli anula uso de provas da Odebrecht em ação contra Delcídio do Amaral
Foto: Divulgação/STF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli anulou as provas da leniência da Odebrecht em uma ação da Operação Lava Jato contra o ex-senador Delcídio do Amaral.
 

Essa decisão é uma extensão das determinações que já vêm sendo dadas pela corte nos últimos anos, desde que Ricardo Lewandowski, que se aposentou do Supremo e se tornou ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula (PT), era relator de processos relacionados às provas do acordo da empreiteira.
 

Com a decisão, o processo contra o ex-senador, que tramita na 36ª Zona Eleitoral de Campo Grande, deve ser arquivado. No ano passado, outra ação contra Delcídio teve o mesmo destino.
 

"Defiro o pedido constante desta petição e estendo os efeitos da decisão (...) para declarar a imprestabilidade, quanto ao ora requerente, dos elementos de prova obtidos a partir dos sistemas Drousys e My Web Day B, utilizados no Acordo de Leniência celebrado pela Odebrecht", disse Toffoli em sua decisão.
 

O Drousys e MyWebDay da Odebrecht, respectivamente, eram os sistemas de comunicação interna e de contabilidade e controle de pagamentos de vantagens indevidas da empreiteira.
 

Na ação, Delcídio é acusado pelo Ministério Público Eleitoral de Mato Grosso do Sul por repasses que recebeu da empreiteira para quitar dívidas de campanha de 2014, quando tentou ser governador pelo PT.
 

A defesa do ex-senador disse que "para sustentar a denúncia, o Ministério Público Eleitoral citou os documentos obtidos por meio do sistema 'Drousys' e do Acordo de Leniência da Odebrecht por pelo menos 10 vezes".
 

Não é a primeira ação contra Delcídio cujas provas foram anuladas por Toffoli. O ministro também aceitou um pedido de extensão em outra ação relacionada ao político, em agosto do ano passado.
 

O ex-senador era líder do governo Dilma Rousseff (PT) quando foi preso, em novembro de 2015, após ter sido gravado pelo filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, disse que se o episódio fosse hoje, com os novos rumos dados à Lava Jato, não teria ido para a cadeia.