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Vacinação da dengue prioriza regiões com alta transmissão da doença

Por Raquel Lopes | Folhapress

Vacinação da dengue prioriza regiões com alta transmissão da doença
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

A vacina contra a dengue será disponibilizada em 39 regiões de saúde pelo Ministério da Saúde, priorizando aquelas com alta transmissão da doença e incidência do sorotipo 2 do vírus. Essa iniciativa abrangerá mais de 500 municípios, visando imunizar crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos.
 

Segundo disseram à reportagem pessoas que acompanham os preparativos, a escolha dessas regiões ocorre pela melhor efetividade da vacina contra o sorotipo 2 da dengue. Além disso, serão vacinadas pessoas de 10 a 14 anos porque corresponde à faixa etária com maior número de hospitalizações.
 

A previsão do governo é vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas em 2024.
 

Regiões de saúde são conjuntos de cidades próximas que partilham características semelhantes. É uma medida usada para melhor organizar o planejamento e a execução de ações e serviços na área.
 

No estado de São Paulo, uma das regiões de saúde em que a imunização ocorrerá será a Baixada Santista, que é composta pelos seguintes municípios: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.
 

A reportagem apurou também que o plano de vacinação incluirá ainda as regiões de Grande Florianópolis (SC), Uberaba (MG), Vespasiano (MG), Feira de Santana (BA), Foz do Iguaçu (PR), Distrito Federal e Centro Sul (GO).
 

Além disso, serão alcançadas regiões que abrangem capitais, como São Paulo, Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO) e Fortaleza (CE). O documento com o nome de todos os municípios estava em processo de conclusão nesta segunda-feira (22) no Ministério da Saúde.
 

O Ministério da Saúde informou que chegaram ao Brasil, no sábado (20), as primeiras 750 mil doses da vacina contra a dengue, que serão oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A previsão é começar a imunização em fevereiro.
 

A chegada do primeiro lote acontece em meio a uma escalada no número de casos da doença no início de 2024.
 

O primeiro lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina que foram fornecidas sem custos ao governo brasileiro pela farmacêutica Takeda. O Ministério da Saúde informou que adquiriu todas as 5,2 milhões de doses do imunizante —chamado Qdenga— disponíveis pelo fabricante para este ano. Elas serão entregues por etapas até o mês de novembro.
 

Oito estados e o Distrito Federal iniciaram 2024 com expressivos aumentos nos casos de dengue, de 100% ou mais em comparação ao mesmo período do ano passado.
 

Os números são mais alarmantes no Sul do país, onde foram contabilizados 10.961 diagnósticos nas duas primeiras semanas do ano, somando os registros no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. O salto é de 958% em relação ao mesmo período de 2023, quando 1.036 pessoas na região foram infectadas.
 

O Brasil fechou o ano de 2023 com um recorde de mortes por dengue, com 1.094 óbitos. Os dados foram extraídos do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).
 

O recorde anterior ocorreu em 2022, com 1.053 óbitos. O terceiro ano com mais mortes foi 2015, com 986 vítimas.
 

Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina da dengue ao SUS.
 

Desde que o registro da vacina Qdenga foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em março de 2023, publicações nas redes sociais passaram a questionar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a respeito da demora na incorporação do imunizante ao SUS.
 

Atualmente, só é possível se vacinar na rede privada, onde o imunizante é ofertado por preços que variam de R$ 300 a R$ 800 a dose.
 

Pode receber o imunizante quem já teve dengue e também quem nunca foi infectado. No entanto, gestantes, lactantes e pessoas com alergia a algum dos componentes presentes na vacina não podem ser imunizadas com a Qdenga. A restrição também vale para pessoas com o sistema imunológico comprometido ou alguma condição imunossupressora.