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Precisamos tirar o pé do acelerador das energias fósseis, diz Marina Silva na COP28

Por Ana Carolina Amaral | Folhapress

Precisamos tirar o pé do acelerador das energias fósseis, diz Marina Silva na COP28
Foto: Fernando Donasci/MMA

A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) propôs na COP28 do Clima da ONU, neste sábado (9), a criação de uma instância de discussão e negociação para tratar sobre a eliminação dos combustíveis fósseis dentro da Convenção-Quadro do Clima da ONU.
 

"É claro que todos os países coloquem o pé no acelerador das energias renováveis, mas também precisamos fazer o inadiável simultâneo esforço entre países consumidores e produtores para tirar o pé do acelerador das energias fósseis", afirmou Marina, durante o diálogo de alto nível de ministros sobre ambição climática pré-2030.
 

Em breve discurso, Marina reforçou aspectos do discurso feito pelo presidente Lula na abertura da COP28 do Clima. "É imperativo eliminar, o mais rápido possível, a dependência de nossas economias dos combustíveis fósseis", afirmou Marina, ressaltando que os países desenvolvidos devem liderar o processo.
 

O tema tem se tornado uma disputa central dentro de um documento amplo que deve ser fechado até o final da COP28, no próximo dia 12: o balanço global, que reúne uma avaliação sobre os esforços globais feitos até aqui e recomendações para os países.
 

Embora eles sejam a causa principal da crise climática, a proposta de abandonar os combustíveis fósseis só começou a aparecer nas negociações climáticas na COP26, há dois anos, em Glasgow, e ganhou força neste ano, diante da conflituosa presidência da conferência, liderada pelo presidente da petroleira estatal dos Emirados Árabes.
 

Por enquanto, as diversas propostas de abandono ou redução dos combustíveis fósseis dentro do balanço global podem desaparecer do documento final, caso a condição seja imposta por um país para se chegar a um consenso.
 

Caso se torne um item separado na agenda, como propõe Marina, a discussão passa a ter seguimos nas edições seguintes da conferência e se torna uma pauta obrigatória. No entanto, a Convenção-Quadro do Clima da ONU tem afunilado os itens na fila para a negociação, já que os países têm progredido lentamente nas pautas atuais.
 

Para Marina, é preciso encontrar respostas para a eliminação dos fósseis que considerem as diferenças nacionais e as alternativas de desenvolvimento social e econômico, especialmente em países mais vulneráveis.
 

Marina também afirmou que as concessões nas negociações não podem ameaçar o objetivo de conter o aquecimento global em 1,5ºC, compromisso que o Brasil tem vocalizado como premissa da revisão das metas climáticas, prevista para acontecer sob a presidência brasileira da COP30.
 

"Sucesso desse encontro [da COP30] dependerá de conseguirmos aqui na COP28 aprovarmos um balanço geral alinhado com 1,5ºC em todas as suas dimensões: ações pré 2030, recomendações para futuras NDCs [sigla em inglês para contribuições nacionalmente determinadas, ou metas nacionais], novos compromissos para financiamento e um objetivo global de adaptação condizente com os riscos reais", listou a ministra.