Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Por cadeiras de deputados, partidos terão cautela antes de definir majoritárias

Por Fernando Duarte

Por cadeiras de deputados, partidos terão cautela antes de definir majoritárias
Palácio de Ondina não é necessariamente prioridade | Foto: Lucas Arraz

Antes de chegar a uma definição sobre uma eventual chapa majoritária para 2022, os partidos políticos têm outras preocupações que não serão facilmente vistas pela população e até mesmo pela imprensa. A principal delas é a formação das chapas que vão disputar as vagas para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa da Bahia. Sem coligações proporcionais, esse tema tende a ser decisivo para a escolha de quem será candidato ao governo, à vice e ao Senado. Por isso é preciso tempo para fazer o debate.

 

O PT foi o único que se antecipou no processo. Apresentou o ex-governador Jaques Wagner como o nome para suceder Rui Costa no Palácio de Ondina. O outro nome já posto, informalmente, é o do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), mas pela oposição. Todos os demais devem cozinhar em banho-maria virtuais candidaturas na majoritária até que consigam “apaziguar” os ânimos e os interesses dos correligionários.

 

A própria divulgação de Wagner como potencial candidato é parte da estratégia para acalmar a militância no PT, uma das mais aguerridas no âmbito da política partidária. Depois da fracassada tentativa de comandar a prefeitura de Salvador apresentando Denice Santiago a poucos meses do pleito, o anúncio do ex-governador tranquiliza eventuais receios de que a legenda poderia empurrar com a barriga uma decisão sobre 2022 - ainda que isso tenha custado uma antecipação que surpreendeu até aliados.

 

Pegando como exemplo o próprio pleito soteropolitano, é possível que tenhamos uma pulverização das candidaturas ao Executivo justamente para ampliar a visibilidade dos que querem ser deputados. Por mais que haja composição com outros dois nomes, um para a vice e outro para senador, é o candidato ou candidata ao governo que geralmente é decisivo para ampliar a competitividade de quem almeja a Câmara ou a Assembleia. Daí surgem possibilidades como Otto Alencar (PSD) ou João Leão (PP), por exemplo, que são caciques ao mesmo tempo em que arregimentam apoios das lideranças locais. São esses votos de varejo que se tornam imprescindíveis para mandatos ao Legislativo.

 

É natural que haja ansiedade para definir quem é candidato a quê, especialmente para identificar quem será cabeça de chapa. No entanto, é preciso ter muita cautela para perceber quais são todos os passos que serão dados pelos principais líderes partidários, tanto do lado do governo quanto da oposição. Sob o risco de colocar o carro na frente dos bois e desandar todo o processo político.

 

Este texto integra o comentário desta sexta-feira (12) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para a rádio A Tarde FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e TuneIn.

Compartilhar