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Celsinho vai da rasteira no PRTB a uma candidatura inexpressiva pelo Pros

Por Fernando Duarte

Celsinho vai da rasteira no PRTB a uma candidatura inexpressiva pelo Pros
Foto: Reprodução/ Anota Bahia

Mesmo estando presente nas eleições de 2018, quando tentou ser senador pelo PRTB, Celsinho Cotrim não é conhecido como político. Com know-how de apresentador de televisão, ele é uma presença insistente na campanha eleitoral para a prefeitura de Salvador em 2020. Até o começo do ano ele se apresentava como pré-candidato pelo partido do vice-presidente Hamilton Mourão ao Palácio Thomé de Souza. Porém, já no finalzinho do prazo para filiações, perdeu o comando da sigla para o vereador Cezar Leite, bolsonarista de carteirinha e que precisava de uma legenda para tentar ser prefeito, depois que o Aliança pelo Brasil naufragou.

 

Não dá para saber exatamente o que propõe Celsinho Cotrim até aqui. Em 2018, mesmo sendo do partido de Mourão, vice de Jair Bolsonaro, ele não encampou uma bandeira de apoio à chapa que acabou eleita para o comando da nação. Foi até discreto, se comparado a outros apoiadores mais estridentes do bolsonarismo naquele ano: leia-se Dayane Pimentel, já que os demais políticos só apareceram realmente após o primeiro turno. Ainda que não seja uma surpresa, Celsinho é uma incógnita nesse processo.

 

Ao se filiar ao Pros, o ex-candidato ao Senado conseguiu espaço para uma candidatura a prefeito. E fez mistério sobre quem seria o seu vice até a véspera da convenção que o homologou na disputa. Trouxe o ex-deputado federal Acelino Popó Freitas, mais conhecido como boxeador aposentado do que como político. A chegada de Popó na chapa trouxe visibilidade, mas não necessariamente votos. O ex-parlamentar não conseguiu ser reeleito quando tentou e acabou perdendo legenda ao buscar outra candidatura. Não soma sufrágios, mas ganha mídia espontânea, algo importante em qualquer pleito.

 

“A democracia é uma delícia, mas tem certos custos”. A frase é de Ciro Gomes para Cabo Daciolo, mas cabe quando analisamos candidaturas como a de Celsinho Cotrim e de Rodrigo Pereira (PCO). Eles, inclusive, devem estar fora dos debates de rádio e televisão, ainda que parte da imprensa dê espaços para que haja certo equilíbrio entre os candidatos. É um preço baixo a se pagar. O preocupante é que eventualmente nomes desconhecidos cheguem ao poder. Algo que não é tradicional em Salvador, vide as quase eternas tentativas de Rogério Da Luz (PRTB).

 

Salvador terá nove candidatos a prefeito. Alguns deles, facilmente descartáveis do ponto de vista de competitividade. Celsinho Cotrim é um deles. O que não nos impede de ouvi-lo. Para quem conviveu com Daciolo numa corrida presidencial, isso não é nada.

 

Este texto integra o comentário desta segunda-feira (21) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para a rádio A Tarde FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e TuneIn.

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