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Marca Bahia Notícias

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Tempo obriga Rui a arregaçar as mangas para tentar acordo entre aliados em Salvador

Por Fernando Duarte

Tempo obriga Rui a arregaçar as mangas para tentar acordo entre aliados em Salvador
Foto: Carol Garcia/ GOVBA

Duas ou três candidaturas da base do governo estadual em Salvador? As informações são conflitantes, porém os diversos personagens envolvidos no processo garantem que é esse o esforço do governador Rui Costa. No entanto, o petista ainda não teria combinado com os aliados essa proposta. Esse seria o grande gargalo para que houvesse um entendimento na capital baiana. Seriam necessárias desistências entre Lídice da Mata (PSB), Olívia Santana (PCdoB), Bacelar (Podemos) e Eleusa Coronel (PSD) para que o plano se concretizasse. Algum deles toparia facilmente abandonar a disputa?

 

Dificilmente seria tão fácil fechar a conta. São diversas variantes que impedem um entendimento agora, às vésperas do início do prazo das convenções partidárias. Se não tivesse acontecido o adiamento das eleições, esse prazo, inclusive, já teria expirado. Há uma unanimidade nas consultas feitas nos bastidores: Rui perdeu o timming para pedir a saída de qualquer um dos candidatos do páreo. Ao colocar a política em segundo plano, o governador acabou emparedando os aliados que avançaram nas conversas e nas construções das candidaturas.

 

A própria escolha de Major Denice (PT) como o nome do governador a constar nas urnas acabou por afastar os partidos que compõem a base do petista. Sem qualquer consulta prévia ou sondagem - o que também não aconteceu dentro do PT -, os companheiros de jornada acreditam que Rui deixou claro que não abriria mão da cabeça de chapa. É o questionamento bem clássico de que, para obter apoio, é preciso estar disposto a apoiar. Não foi assim que o nome de Denice foi alçado à condição de candidata e gerou insatisfações variadas entre os aliados de dentro e fora do PT. No rol petista, a situação já teria sido contornada. O mesmo não aconteceu em outras legendas, que possuem nomes com tradição e envergadura política.

 

Após muitos meses cozinhando em banho-maria os aliados, Rui foi chamado pelo próprio tempo a tentar conduzir de maneira menos traumática o processo eleitoral. Sob o risco de esfacelar a própria base, iniciou uma série de conversas, mostrando cenários possíveis e tentando pregar o “peso” do principal adversário, o vice-prefeito Bruno Reis (DEM). Os acenos podem não ter sido completamente tardios para forçar um segundo turno na capital baiana. O que não quer dizer que aconteceu a tempo de evitar rachaduras nas relações políticas no próprio quintal.

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