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Cláudio Tinoco critica VLT do Subúrbio e pede responsabilização por prejuízos: "Crime cometido"

Por Paulo Dourado

Cláudio Tinoco critica VLT do Subúrbio e pede responsabilização por prejuízos: "Crime cometido"
Foto: Paulo Dourado / Bahia Notícias

O vereador Cláudio Tinoco (União Brasil) criticou, em entrevista ao Bahia Notícias, a condução do projeto do VLT do Subúrbio, iniciado ainda no governo Rui Costa (PT) e mantido na atual gestão de Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo ele, a substituição do modal ferroviário pelo monotrilho representou um prejuízo para a população da região.

 

“Em julho de 2024, nós conseguimos mostrar 14 irregularidades, porque fomos ao Tribunal de Contas, obtivemos o relatório integral da Auditoria do Ministério Público de Contas e ali começamos a decifrar o que eu diria ser um crime cometido pela gestão de Rui Costa, capitaneada pelo então secretário da Casa Civil, Bruno Dauster. Em uma canetada, ele induziu o Conselho Gestor de Concessões e PPPs do Governo do Estado a mudar um modal já estudado e debatido em audiência pública, que previa a implantação de um BRT, para um monotrilho”, afirmou.

 

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De acordo com Tinoco, a decisão trouxe uma série de consequências negativas ao transporte no Subúrbio de Salvador.

 

“O consórcio chinês chegou, retirou os trilhos, transformou os trens em sucata e hoje já são cinco anos e meio sem transporte de massa naquela região, que é uma das mais pobres de Salvador e da Região Metropolitana. O nosso movimento ajudou e induziu Jerônimo Rodrigues a cancelar o contrato com o consórcio chinês e lançar uma nova licitação”, acrescentou.

 

O parlamentar também cobrou responsabilização dos envolvidos.

 

“Eu ainda confio que o Tribunal de Contas, o Ministério Público de Contas e a Justiça atribuam a responsabilidade, porque houve gasto de dinheiro público e manipulação. Secretários que aprovaram aquilo e o próprio governador Rui Costa precisam responder pelo prejuízo provocado, sobretudo à população do Subúrbio. Se calcularmos, as pessoas que antes pagavam R$ 0,50 passaram a pagar R$ 5,20 ou R$ 5,40 para sair de Paripe até a Calçada. Tudo em virtude de uma decisão equivocada. Se o VLT tivesse sido contratado antes, não seria necessário retirar todos os trilhos de uma vez”, destacou.

 

Tinoco também demonstrou preocupação com a indefinição sobre a operação do novo VLT.

 

“A obra está em andamento, os trens já foram comprados, os trilhos estão sendo colocados. Mas quem vai administrar o VLT? Quem vai contratar o piloto, o mecânico, pagar a energia ou cobrar a tarifa? Vai entregar para a CCR, que já opera o metrô? Não é assim que deve ser feito”, questionou.

 

Outro ponto de alerta, segundo o vereador, é a condição dos equipamentos adquiridos, que estão sendo entregues já na metade de sua vida útil.

 

“Esses trens estão sendo entregues com 15 anos de uso, quando a vida útil é de 30 anos. Se você compra algo novo, tem três décadas para amortizar o investimento e planejar a renovação. Mas se a frota precisa ser substituída em 15 anos, é necessário garantir receita e saldo para isso, o que pode impactar diretamente no valor da tarifa”, avaliou.