Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Entrevistas

Entrevista

Após "derrota" na AL-BA, Marcelo Nilo se prepara para campanha de deputado federal - 13/03/2017

Por Rebeca Menezes / Bruno Luiz / Luana Ribeiro

Após "derrota" na AL-BA, Marcelo Nilo se prepara para campanha de deputado federal - 13/03/2017
Fotos: Cláudia Cardozo/ Bahia Notícias

De volta à condição de um deputado estadual "comum", após ter deixado a Presidência da Assembleia Legislativa da Bahia – cargo que ocupou por dez anos consecutivos – Marcelo Nilo (PSL) de fato enfrenta novos desafios, para além do clichê da expressão. Um deles é manter-se equilibrado dentro do partido que preside, o PSL, cuja bancada tem tomado decisões à sua revelia. Nilo, porém, não se diz isolado. “Pelo contrário, eu me sinto uma pessoa reconhecida por um projeto que deu certo na Bahia, que foi o projeto da Assembleia Legislativa”, declara o parlamentar, que pretende trazer prefeitos, ex-prefeitos e outros integrantes da classe política para a sigla – ele reclama dos correligionários, que não estão conseguindo atrair os familiares que se candidatam. Ele também se prepara para a futura disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados. “Agora, em março de 2018, espero estar sentando na mesa de negociação para ter participação nas decisões da própria chapa majoritária. Não que eu seja o candidato, mas que pelo menos seja ouvido”. Em um balanço das atividades da última década, elencou o melhor e o pior momento em que esteve à frente da Casa. “O pior momento é quando eu vejo muitas pessoas que trabalham sendo demitidas”, aponta, destacando como único motivo de ressalvas ao seu substituto, Ângelo Coronel (PSD). “Coisa que realmente acho que, num aumento de crise desse, deveria ter uma avaliação mais criteriosa das pessoas que exercem seus papéis com necessidade para o próprio Poder Legislativo. No resto, acho que ele está bem”. 


O senhor passou dez anos à frente da Assembleia e instituiu várias novidades, como a TV Assembleia, por exemplo. Para o senhor qual foi a principal novidade que trouxe para a Casa ?
Eu acho que a principal, não diria novidade, mas a nossa principal ação foi tornar um poder independente, quando as oposições tiveram vez e voz. Se falar no passado, eu como deputado de oposição nunca relatei um projeto, nunca emendei um projeto, nunca consegui aprovar um projeto. Na nossa gestão, as oposições aprovaram projetos, relataram projetos, modificaram projetos; participaram da vida política da Casa. Eu acho que essa, para mim, foi a nossa maior contribuição como presidente durante dez anos.
 
Qual foi o melhor momento e o pior momento que o senhor viveu na Assembleia?
O melhor momento foi quando eu senti que 98%, ou 99% dos pares, dos deputados, estão satisfeitos com nossa gestão, tanto é que eu fui quatro vezes candidato único. E na vez que disputei, tive 2/3 dos votos. Acho que o melhor momento foi quando eu senti que eu era quase que unanimidade na casa.

E o pior?
O pior momento é quando eu vejo muitas pessoas que trabalham sendo demitidas. Sem fazer nenhuma crítica a atual gestão, que eu respeito. Cada um tem sua maneira de administrar, mas quando eu assumi a presidência, todos os funcionários que trabalhavam foram mantidos. Agora, eu estou vendo muitas pessoas, pais de famílias, mães de famílias, profissionais, sendo demitidos. Eu acho que talvez tenha sido o momento mais triste pra mim, durante esses 27 anos como deputado.

Algumas dessas pessoas estavam lotadas em seu gabinete, ou foram indicações sua. O senhor acha que o novo presidente poderia ter esperado mais antes de demiti-las, ou acha que...
Eu acho que cada um tem maneira de gerir. Ele tem apenas 40 dias de gestão. Tenho que respeitar a maneira dele fazer sua administração. Não estou fazendo nenhuma crítica, mas quando a pessoa trabalha, eu acho que não deveria ser demitida. [Ele] Devia ter feito uma seleção dos profissionais que estão exercendo seu papel com altivez, dignidade, com responsabilidade. Essa que era minha preocupação. Apenas uma preocupação, mas não uma crítica. Ele é o presidente eleito, teve uma grande votação, salvo engano 57  de 63 [deputados], e tem todo direito de administrar. Mas, a única coisa que me deixa triste é ver pessoas chorando nos corredores porque foram demitidas depois de estarem na casa há 20 anos. Tem pessoas que estavam na casa antes da nossa gestão e foram afastadas sem nenhum trabalho prévio, sem nenhuma comunicação prévia. Isso é a única coisa que realmente me deixou triste.

O senhor passou dez anos no mesmo gabinete, frequentando o mesmo espaço, tendo praticamente a mesma rotina. Como foi esse primeiro mês afastado da função ?
Olha, primeiro eu não queria mais ser candidato. Na realidade, eu achava que minha contribuição como presidente, num patamar de dez anos, já estava satisfatória. Eu aceitei ser candidato porque muitos candidatos me procuraram pedindo que nesse momento de crise, de dificuldades, nós devíamos colocar uma pessoa experiente, que conhecesse o trâmite político e administrativo da Casa, e eu aceitei. Ora, quando uma grande parte desses pares, na véspera, achou que estava na hora da mudança, eu preferi desistir. Acho que, inclusive, se eu disputasse ganharia por um ou dois votos, ou perderia por um ou dois votos; mas eu preferi, para preservar a Casa, preservar os pares que estavam conosco, desistir. Mas, na realidade, eu acho que já tinha contribuído como presidente da Casa e fiz muitas coisas positivas: a TV Assembleia, o anexo Senador Jutahy Magalhães, a lei contra o nepotismo. Acabamos com o décimo terceiro e décimo quarto salário dos deputados; fizemos a LOJ, lei de Organização Judiciária, salvo engano de 33 para 57 desembargadores. Ou seja, foram muitas coisas positivas. A Casa hoje é uma Casa que funciona. Então, eu acho que agora vou contribuir nesses dois anos como deputado. Não indo para "planície", pelo contrário, eu me sinto até feliz em voltar ao plenário, tava com saudade de discursar... E estou chegando lá com 150 mil votos.

Vimos que o senhor discursou bastante nas últimas sessões...
Antes de eu ser presidente, fui o deputado que mais discursou na história da Assembleia. Eu estou matando, inclusive, uma saudade, porque gosto de ser parlamentar e porque gosto de discursar.

O senhor falou dos 40 dias de mandato do presidente Ângelo Coronel. Como é que o senhor avalia esses primeiros dias ? Ele já implementou algumas medidas como, por exemplo, corte de ponto e a questão da criação do colégio de líderes. O senhor acha que são medidas efetivas?
Eu acho que ele está bem, está começando bem. Está começando com humildade, está respeitando todos os deputados, independente se estavam com ele ou estavam conosco. A única coisa que eu tenho como restrição são essas demissões. Coisa que realmente acho que, num aumento de crise desse, deveria ter uma avaliação mais criteriosa das pessoas que exercem seus papéis com necessidade para o próprio Poder Legislativo. No resto, acho que ele está bem. Acho que o Colégio de Líderes é uma coisa positiva; o corte de ponto, se for implementado, é uma coisa positiva; se o relógio de ponto for colocado mesmo, na prática, é uma coisa positiva. Eu acho que [para] as medidas que ele está tomando, não tenho nenhuma restrição. Aliás, acho que nesses seis meses, eu jamais vou lhe fazer uma crítica. Acho que é um período que ele tem para fazer adaptação. Temos conversado muito; já tivemos três ou quatro conversas, ele tem me tratado com muito respeito. Tem me tratado com uma deferência que até não esperava. Então, como deputado, eu tenho uma obrigação e um dever de ajudá-lo. E, se ele quiser e necessitar de minha experiência, e do meu mandato para ajudá-lo, para que faça uma boa administração, pode contar. Aliás, espero que ele saia, modéstia à parte, tão bem quanto eu sai. Eu sai pela porta da frente, com a cabeça erguida e o dever cumprido. Foram dez anos sem nenhuma crise institucional, dez anos sem nenhuma denúncia de gravidade, tanto na área parlamentar quanto na área administrativa. Então eu espero que ele saia melhor do que eu sai.

Como está sua relação com o governo agora que não é mais presidente ? O senhor já conversou com Rui Costa se vai continuar com as gestões da Seap e da Embasa?
Eu tenho uma relação muito próxima com o governador Rui Costa; eu o considero um amigo pessoal. Ele foi muito correto comigo nessa eleição. Tudo que ele prometeu, ele cumpriu. Ele me disse que não ia se meter na eleição da Assembleia Legislativa. Eu entrei sabendo que o governo ficaria neutro. Eu enfrentei um senador da República [Otto Alencar], eu enfrentei um prefeito [de Salvador, ACM Neto], eu enfrentei o vice-governador [João Leão]. Enfrentei a neutralidade do governo, enfrentei um compadre quatro vezes, uma amizade de 44 anos - um deputado federal  -, eu enfrentei praticamente todas as lideranças políticas da Bahia. Ficaram conosco a senadora Lídice da Mata e o PT. Então, eu consegui chegar na reta de chegada com as condições de disputar. Agora, quando eu vi o PCdoB, partido de 84 anos, que participou em dois almoços de apoio; sua executiva esteve comigo com seus três deputados e fechamos um acordo e, às 19 horas da véspera [da eleição], eu vi pelo site do PCdoB que eles me deixaram. Quem é o cidadão baiano que imagina que um partido político comunista, de uma história do PCdoB, abandone um companheiro, parceiro de 27 anos, sem dar nem satisfação? Quem imagina que um deputado com nove mandatos, que foi presidente da Assembleia, que era meu conselheiro, o deputado Reinaldo Braga... Eu soube pelo site que ele tinha me abandonado na véspera. Meu coordenador político, Nelson Leal, que era a pessoa mais próxima a mim, vinha a dois meses apoiando Ângelo Coronel e eu não sabia. Então, foi isso que me deixou desistir. Agora, eu desisti porque eu acho que a causa é política, eu acho que presidente tem que ser uma pessoa de consenso e eu não consegui a unanimidade que tinha nas outras vezes. Conseguia, no mínimo, a metade. Então achei que tava na hora de sair. Agora, pessoalmente eu estou muito feliz: você tirar a responsabilidade por 63 deputados. Que na realidade [eu] era um babá dos deputados. Eu era uma pessoa que ia no governador, ia no Tribunal de Justiça, no Tribunal de Contas, ia na imprensa. Tudo em defesa dos próprios deputados. Então, quando eles acharam que estava na hora da mudança, eu sai de cabeça erguida e o dever cumprido.

Por causa dessa sua proatividade de defender os deputados, muitas vezes o senhor foi apontado como o verdadeiro líder do governo. Aquele que, por conseguir transitar entre o governo e a oposição, conseguia aprovar os projetos do governo. Atuava como um segundo líder de Rui Costa e Jaques Wagner. Esse papel seu de articulador do governo vai continuar ?
Primeiro, o seguinte, eu nunca fui líder do governo. Na realidade, eu procurava exercer o papel que encontrasse um denominador comum, entre governo e oposição. Governo é pra ganhar no voto, oposição é pra ganhar no discurso. Então, eu procurava sempre um meio de os dois serem atendidos. Eu sempre procurei exercer meu papel de presidente. Quando eu sentava na cadeira de magistrado, eu respeitava todos. O grande problema é, como o meu amigo, o deputado Domingos Leonelli, me perguntou: "como você é tão leal ao governo e a oposição gosta tanto de você?". É porque eu respeito o contraditório. O que a oposição precisa é consideração, e eu sempre considerei eles. Então, na realidade, eu sempre fui presidente da Assembleia respeitando os dois lados. Agora, quando o líder do governo e o líder da oposicão não chegavam a um acordo, eu procurava exercer meu papel para fazer a conciliação. É isso que eu sempre fiz, e por isso é que fui presidente da Casa por dez anos.

E o senhor vai tentar continuar atuando mesmo fora da Presidência?
Eu vou ficar fazendo a defesa ao governo Rui Costa, porque eu acredito. E vou ser oposição a Michel Temer, porque eu não acredito no governo Michel Temer. Eu serei um deputado, exercerei o meu papel de 150 mil votos e 12 vezes escolhido por vocês, da imprensa, como o melhor deputado da Casa, e ex-governador interino, e duas vezes deputado estadual mais votado, em defesa do que acredito. Eu acredito muito no governo Rui Costa.

O senhor tem muitos anos de mandato, mostrou uma capacidade de articulação política e tem uma relação próxima com o governador Rui Costa. Mostra credenciais para, por exemplo, assumir uma secretaria no governo. O senhor pretende pleitear isso ou pretende ficar até 2018 como deputado estadual?
Se você me permite, eu vou responder a pergunta que me foi feita antes, junto com essa. A Seap e a Embasa foi um acordo que eu fiz junto com o governador Rui Costa, em 2014, quando eu desisti da minha candidatura a governador. Vocês lembram que eu era pré-candidato. Eu desisti e num acordo político nós acertamos a secretaria e a Embasa, e o governador cumpriu. E na época eu me lembro que disse muito claro: "Governador isso aqui não tem nada a ver com partido. É um acerto político entre nós dois". E ele concordou e cumpriu. A sua pergunta foi...

Se o senhor pretende assumir uma secretaria.
Primeiro é o seguinte: eu não fui convidado para ser secretário, e acho que o governador Rui Costa está correto. Ele nem me convidou, e se me convidasse, com todo respeito que eu tenho, também não aceitaria. Eu prefiro estar na Assembleia defendendo o governo Rui Costa. E nesse momento eu serei mais útil à Bahia e ao governo, na Assembleia Legislativa. Não fui convidado e acho que se ele me convidasse, seria um erro politico. Porque ele precisa na Assembleia de pessoas experientes para defender o governo. E ele sabe que tenho uma história de 27 anos aliado à esse sistema político. E acho que contribuirei mais na Assembleia que no secretariado. Óbvio que ser secretário do governador Rui Costa é uma honra, mas nesse momento eu estava com saudade da tribuna, eu estava com saudade de fazer um trabalho parlamentar. Acho que contribuirei mais do plenário da Assembleia Legislativa.

Em 2018 o senhor vai tentar contribuir no plenário da Câmara?
Olha, política é uma coisa dinâmica. Em 2010, Wagner me convidou para ser senador. Eu não quis. Em 2014 quem me convidou para ser senador foi meu adversário, ACM Neto, o que na época me honrou muito. Em 2018 é obvio que tenho que preparar um projeto. Eu vou preparar para ser deputado federal. Porque você não prepara um projeto para deputado federal em apenas um ano, você tem preparar em, no mínimo, dois anos. Eu vou me preparar para ser deputado federal. Agora, em março de 2018, espero estar sentando na mesa de negociação para ter participação nas decisões da própria chapa majoritária. Não que eu seja o candidato, mas que pelo menos seja ouvido. Como fui ouvido em 2010, como fui ouvido em 2014, espero ser ouvido em 2018.

O senhor tinha esboçado o desejo de sair como senador em 2018. Declinou disso?
Não, eu acho que o político tem que saber o momento de pleitear. Eu acho que nesse momento pleitear ao Senado seria não contribuir para o sistema de aliança que nós fazemos. Se me convidarem para ser candidato a senador, é óbvio que eu pensarei e, provavelmente, vou aceitar. Mas eu não vou pleitear. Fui convidado em 2010 para ser senador sem pleitear; em 2014, eu fui convidado pelos adversários sem pleitear, então eu acho que em 2018 eu vou usar a estratégia de estar com minha candidatura arrumada para deputado federal, já que estive sete vezes como deputado estadual e contribui para o parlamento baiano. Agora, é óbvio que eu espero sentar, ser chamado, opinar... Agora eu estou convencido que, se o governador Rui Costa, o secretário Jaques Wagner, o senador Otto Alencar, a senadora Lídice da Mata e o vice-governador João Leão, estiverem juntos, todos nós juntos, acho o Rui Costa quase imbatível.

O senhor tem de alguma forma se sentido isolado dentro do PSL?
Olha, um deputado que tem 150 mil votos, que foi sete vezes deputado estadual e cinco vezes presidente da Assembleia Legislativa, é impossível ficar isolado. Porque o partido [PSL] começou a ficar respeitado na Bahia, quando nós entramos. Quando era apenas o deputado Nelson Leal, o partido tinha um prefeito, que inclusive perdeu. Eu não me sinto jamais isolado. Enquanto o meu mandato estiver sendo aprovado pelo povo e, em especial, pela imprensa, não posso me sentir isolado. Pelo contrário, eu me sinto uma pessoa reconhecida por um projeto que deu certo na Bahia, que foi o projeto da Assembleia Legislativa. Hoje vocês da imprensa sabem que a Assembleia Legislativa recebe todos os movimentos sociais da Bahia, é a casa, realmente, dos negros, dos homossexuais, das mulheres, dos índios, dos empresários. Todo mundo que quer ter visibilidade procura Assembleia Legislativa. E isso, modéstia à parte, foi após nossa gestão. A Assembleia Legislativa é a casa mais fiscalizada. Os três poderes são fiscalizados. Existe um Comitê de imprensa dentro da Assembleia Legislativa e, durante 10 anos, não houve nenhuma denúncia grave. Então, pelo contrário, eu me sinto realizado. Eu nunca imaginei na vida chegar onde cheguei. Homem que nasceu na roça, nasceu no sertão, ser hoje conhecido por 78 % do povo da Bahia. 78 % já ouviu falar no nome de Marcelo Nilo; o segundo deputado estadual, tem 28 %. Sentei na cadeira do governador, você imagine... Um homem lá da roça sentar na cadeira do governador, a cadeira mais importante do Estado. Eu me sinto um homem realizado e o que mais quero é continuar fazendo política, mas reconheço que nunca imaginei chegar onde cheguei. Você se sente isolado quando não tem amigos, não tem eleitores, não tem um projeto; quando você não é respeitado. E vocês sabem que eu sai pela porta da frente, com a cabeça erguida e sendo aplaudido por todos os parlamentares. Talvez tenha sido o discurso, na minha saída da Presidência, mais aplaudido na história do Parlamento. Jornalistas respeitados da Bahia me passaram zaps, que está aqui no meu celular, que foi o discurso mais eficaz, com conteúdo, com emoção, com respeitabilidade e de um projeto definido em dez anos na casa. Recebi vários zaps me parabenizando pela saída da presidência da Assembleia. Porque o bom do homem público é quando é respeitado pelas pessoas e, modéstia a parte, eu sai respeitado pelos funcionários e pelos deputados.

Como o senhor pretende fortalecer o PSL para 2018?
Primeiro eu estou procurando trazer prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, candidatos a deputados para o PSL. Agora, não pode ser um trabalho apenas meu, tem que ser um trabalho de todos. O deputado Alan Castro, que fala tanto pelo partido, o filho dele foi candidato a vereador mas não saiu pelo PSL; o deputado Reinaldo Braga tem um filho prefeito mas não é [eleito] pelo PSL, é do PMDB. Ora, meu irmão é prefeito, mas é pelo PSL. Então, como é que você fala no crescimento do partido se você não consegue botar ninguém dentro do partido ? Você só pode falar pelo partido, se você trabalhar pelo crescimento do partido. Primeiro você tem que fortalecer o partido, crescer o partido, para depois pleitear espaço dentro do próprio partido.