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Marca Bahia Notícias

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Cineastas, atores e roteiristas lançam manifesto contra impeachment de Dilma

Cineastas, atores e roteiristas lançam manifesto contra impeachment de Dilma
Foto: Reprodução
Cineastas, atores, roteiristas e profissionais do audiovisual lançaram um manifesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O manifesto é encabelado pela filha do ministro Juca Ferreira, Dandara Ferreira, e pelo produtor Luiz Carlos Barreto. O texto é divulgado nas redes sociais desde a última quarta-feira (23). Mais de duas mil assinaturas já foram coletadas pelo manifesto, como dos cineastas Kleber Mendonça Filho, Karim Aïnouz e Jorge Furtado, os atores Wagner Moura, Paulo Betti e Jesuíta Barbosa, além do ator e roteirista Gregório Duvivier. "Denunciamos aqui o risco iminente da interrupção da ordem democrática pela imposição de um impeachment sem base jurídica e provas concretas, levado a cabo por um Congresso contaminado por políticos comprovadamente corruptos ou sob forte suspeição, a começar pelo presidente da casa, o deputado federal Eduardo Cunha.", diz o texto. Os signatários afirmam que estão indignados com as "arbitrariedades promovidas por setores da Justiça, dos quais espera-se equilíbrio e apartidarismo" e que tais atos colocariam em xeque "a convivência, o respeito à diferença e a paz social". O manifesto visa alertar a comunidade internacional do audiovisual sobre o momento político no país. Os profissionais ainda querem adotar medidas para impedir o impeachment. “Sem ela, não teríamos obtido os avanços sociais, econômicos e culturais das últimas décadas. Sem ela, não haveria liberdade para expressarmos nossas distintas convicções, pensamentos e ideologias. Sem ela, não poderíamos denunciar o muito que falta para o país ser uma nação socialmente mais justa. Por isso, nos colocamos em alerta diante do grave momento que ora atravessamos, pois só a democracia plena garante a liberdade sem a qual nenhum povo pode se desenvolver e construir um mundo melhor”, diz a carta. Ainda no manifesto, os assinantes afirmam que, por nutrir diferentes preferências políticas ou partidárias, o que os une é a “defesa da democracia e da legalidade, que deve ser igual para todos”. “Somos frontalmente contra qualquer forma de corrupção e aplaudimos o esforço para eliminar práticas corruptas em todos os níveis das relações profissionais, empresariais e pessoais”, salientam. Os cineastas, roteiristas e produtores também repudiam a “deturpação das funções do Ministério Público, com a violação sistemática de garantias individuais, prisões preventivas, conduções coercitivas, delações premiadas forçadas, grampos e vazamentos de conversas íntimas, reconhecidas como ilegais por membros do próprio STF” e a “contaminação da justiça pela política, quando esta desequilibra sua balança a favor de partidos ou interesses de classes ou grupos sociais”. Para os signatários, a imprensa criou uma “obra distorcida”, que colabora para aumentar a crise do país,“insuflando a sociedade e alimentando a ideia do impeachment com o objetivo de devolver o poder a seus aliados”.