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Marca Bahia Notícias

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Fundação Palmares nomeia diretor branco que comparou ativismo negro a vitimismo

Fundação Palmares nomeia diretor branco que comparou ativismo negro a vitimismo
Foto: Reprodução / Facebook

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, nomeou, nesta segunda-feira (19), como diretor de Fomento e Promoção da Cultura Afrobrasileira da instituição, o crítico de cinema Marcos Petrucelli, homem branco que comparou a luta antirascista a vitimismo. 

 

De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, na Época, o novo quadro da Palmares é apoiador explícito de pautas do governo Bolsonaro e se opõe a pautas do movimento negro, assim como Camargo. "Recado importante que serve para todos os BRANCOS que de repente assumiram a CULPA BRANCA. Não sejam estúpidos, parem de humilhar a si mesmos e deixem a hipocrisia de lado. Há negros bem inteligentes por aí que não aceitam desculpas carregadas apenas de demagogia", comentou Petrucelli, nas redes sociais.

 

Ainda segundo a publicação, o novo diretor da Fundação Palmares - instituição voltada para a valorização da cultura afro-brasileira -  afirmou, afirmou que o diretor Spike Lee, conhecido por filmes críticos ao racismo, se vitimiza.  "A fama, combinada sobretudo ao fato de ser negro, fez do cineasta Spike Lee o suprassumo do poderoso vitimista. Acha que tudo pode — inclusive não cumprir regras — e, diante de uma óbvia negativa, apela para a velha narrativa de se estar sendo molestado", escreveu em março do ano passado.

 

Em outra ocasião, Marcos Petrucell negou que exista violência contra os negros e insinuou que eles não são agredidos sem motivo. “Você já viu alguma vez na vida algum cidadão — não estou falando de policiais, não —, um cidadão normal, sair às ruas violentando e agredindo cidadãos negros sem motivo aparente? Pois alguns fazem isso com judeus, só porque são judeus. Entenda isso se quiser discutir o racismo!”, comparou.

 

Além disso, segundo a coluna, ele também criticou um programa de treinamento da Folha de S. Paulo, que com o objetivo de promover a diverstidade, era voltado apenas para negros. "Treinamento em jornalismo... só para negros. A Folha diz que é para reduzir a distância entre o perfil da redação, mais branca, e o da população de maioria negra. Não, caros afro-negões. Isso é preconceito declarado de que vocês valem menos e precisam de treinamento especial", declarou.