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Marca Bahia Notícias

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Bebel fala de interdição de João Gilberto e conta que Paula e Caetano ajudaram o pai 

Bebel fala de interdição de João Gilberto e conta que Paula e Caetano ajudaram o pai 
Foto: Instagram / Bebel Gilberto

A cantora e compositora Bebel Gilberto comentou detalhes inéditos do processo de interdição do pai, João Gilberto e revelou que Paula Lavigne e Caetano Veloso ajudaram o músico no momento de crise que precedeu sua morte.

 

Em entrevista à revista Marie Clair, a artista contou que o que lhe motivou a interditar o pai não foi dinheiro, mas o desejo de ajudá-lo a superar os problemas pelos quais passava. “Quando cheguei, vi que a barra estava pesada. Papai estava abandonado, tudo um caos, e eu não consegui entender por quê. Fui vendo também que ele estava triste. O que eu ia fazer? Continuar fazendo shows em Nova York? Ou o Estatuto do Idoso ia vir atrás de mim e eu ia me ferrar pra sempre por ter abandonado meu pai? O melhor era interditar. Agora, estou tocando no assunto e esclarecendo os detalhes. Não interditei para brigar por dinheiro. Nunca imaginei que meu irmão iria fazer o que fez comigo”, afirma Bebel, lembrando o período de 2013, quando João Gilberto chegou a fazer um empréstimo de R$ 4,7 milhões em um banco.

 

Segundo a artista, o irmão não compreendia a complexidade do que se passava com o pai e acabou comprando uma versão errada da realidade. “Ele pirou pra sempre. Estava tão obcecado com a questão da economia, que não conseguia entender que papai estava falido. Eu sempre disse: ‘Não é possível, tem dinheiro por aí, nem que seja o mínimo pra viver’. De fato, tinha. Era só licenciar uma coisa com o Japão, saber por que os direitos dele não eram pagos... Enfim, se desse uma pequena organizada, dava um alívio, não ficava se preocupando em como pagar a Net, o aluguel, que era o que estava acontecendo. Quando eu consegui fazer o acordo com o apartamento, que eu sou fiadora, onde a Maria do Céu [ex-namorada de João Gilberto] mora até hoje, acho que paguei, sei lá, uma quantia bem grande. Não preciso falar o número, mas estava tudo desorganizado. Vivi isso de 2013 a 2020. Foram sete anos de perrengue, e aí a minha vida se enrolou também”, lembra Bebel.

 

Segundo ela, a briga com João Marcelo aconteceu pela influência da namorada de João Gilberto e a falta de entendimento do irmão sobre a situação. “O João Marcelo parou de aparecer nas reuniões. O próprio advogado dele já não sabia mais o que fazer. Ele tinha uma paranoia de administrar a grana do papai, que não existia, entende? [risos]. Eu falava para ele: ‘Você quer escolher o contador?’ ‘Mas por quê?’”, conta a cantora, revelando que ele “tinha uma implicância tremenda” com Paula Lavigne. “[Ele] Achava que ela estava me influenciando, quando, na verdade, a Paula gastou dinheiro à beça do bolso dela. Caetano e ela tentaram muito ajudar. Depois, João Marcelo fez aquela aliança maldita com a Maria do Céu. Não sei exatamente o que foi que deu nele, mas acho que ele começou a ficar desconfiado que eu talvez não fosse honesta. Eu estava tentando organizar o mínimo as coisas do meu pai para ele poder viver e tentar contornar a Maria do Céu, que invadiu a casa dele e entrou nessa de começarem as fake news”, disse a artista.

 

Ainda sobre a ex-namorada do pai, Bebel não poupou críticas. “Ela gostava muito de escândalo, e eu me afastei. Fiquei afastada quase a vida toda. Pra mim, a Maria do Céu não estava mais nem na fotografia, ela só realmente apareceu quando eu descobri essa história do despejo, e também que o papai continuava mantendo ela por uma questão que eu não sei qual era. Mas o papai, na época, estava com a Claudia [Faissol], a Luisa [filha caçula do João Gilberto] estava sempre na casa dele”, contou.


A cantora aproveitou a oportunidade para explicar porque decidiu falar do assunto agora. Segundo ela, a motivação é que pouco a pouco vai “esclarecendo esses pequenos detalhes de que eu não tinha outra alternativa”. Bebel garantiu ainda que ao interditar João Gilberto,  tinha o propósito de fazer o que considerava correto. “ Eu quis fazer a minha obrigação de filha e cuidar do meu pai, que não estava bem. E eu sei que as pessoas que diziam que estavam cuidando dele, na verdade, não estavam”, explicou.