Governo vai expandir campanha 'Respeita as Mina' para outras festas populares, diz Palmeira
Por Lucas Arraz / Lara Teixeira
A campanha "Respeita as Mina" estará presente em diversas cidades da Bahia durante os festejos juninos deste ano. E segundo a secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA), Julieta Palmeira, a ideia é expandir a ação durante todo o ano, em diferentes áreas.
"O Carnaval já é a nossa marca, até porque essa ação do governo do Estado começou lá, e hoje é um guarda-chuva que incorpora diversas ações do governo na área da equidade de gênero e enfrentamento à violência. Pretendemos nas festas estar sempre alertando para a questão do assédio. E essa questão do 'Não é Não' e do respeito às mulheres contribui decisivamente para pôr fim à violência nas festas populares de Salvador. Então pretendemos manter uma campanha permanente durante todo o ano na área da publicidade, educacional, mas na área da sensibilidade. Estivemos em Amargosa ontem, estaremos em Cruz das Almas, em Santo Antônio de Jesus e em outras festas como Bonfim. Em todos os lugares que aglomera gente. Evento não é evento para nós, é sensibilização", disse Palmeira.
A titular da secretaria destacou a importância da festa desta sexta-feira (21), em que apenas mulheres irão se apresentar nos largos do Pelourinho (veja aqui a programação). "Esta noite que só sobem aos palcos mulheres cantoras e instrumentistas trata-se de dar visibilidade ao protagonismo feminino na área do forró. E o protagonismo é grande, estamos vendo muitas mulheres que estão se destacando".
A secretária se mostrou contente com o São João que está acontecendo no Centro Histórico de Salvador e disse que os artistas que irão se apresentar tanto na capital baiana como em outras cidades estão ajudando a divulgar a campanha "Respeita as Mina". Ela ressaltou que esse tema dá sequência à ação sobre masculinidade nova que também tem sido trabalhada pela SPM-BA.
"A gente acha que é muito importante falar do machismo, mas é preciso entrar nos detalhes do que é realmente isso, falar de forma mais concreta e fazer uma coisa mais educacional com as pessoas. Porque o mérito da nossa campanha é de que ela revele que a masculinidade tóxica tem a ver com a violência doméstica familiar. Então, isso é muito importante porque o tema já era discutido bastante, mas esse link com a violência doméstica familiar foi mais importante ainda", declarou.