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Empresas baianas precisarão de apoio fiscal para a retomada sustentável

Por Carlos Sergio Falcão

Empresas baianas precisarão de apoio fiscal para a retomada sustentável
Foto: Divulgação

Nesses próximos dias muitas empresas estarão retomando as suas atividades, com responsabilidade e cuidados extras. Para milhares de empresários baianos foram quatro meses fechados, ou quase, com perdas consideráveis de receitas e sucessivas dificuldades de caixa. Os bancos, que poderiam ter sido uma tabua de salvação, com raras exceções, se limitaram a fazer mais do mesmo, e as dificuldades para obtenção de crédito continuam sendo uma constante.


O governo do Estado e a prefeitura de Salvador deram ao Brasil um exemplo de relacionamento institucional, com ações orquestradas e bem-sucedidas no combate a pandemia. Ccom certeza muitas vidas foram salvas com medidas na área da saúde, focadas na ciência, e graças a isso, o desastre não foi, ainda maior. Tenho a convicção que a ampla maioria do empresariado baiano reconhece o êxito dos nossos gestores no combate a pandemia.


Porém, essa retomada nem de longe representará a solução para essas empresas. O caminho será árduo e com muitas incertezas. As dúvidas em relação ao faturamento futuro, a obrigatória redução de clientes, o aumento de despesas com as novas normas de segurança, e as dívidas com tributos e fornecedores que se acumularam, serão desafios diários que deverão ser vencidos por aqueles que, como eu, acreditam no empreendedorismo.


Para vencer esses desafios o empresariado baiano precisará de apoio. Será fundamental que os entes públicos tributantes tenham sensibilidade para entender as dificuldades das empresas, em alguns setores mais que em outros, e que tenham sabedoria para separar o joio do trigo, o sonegador do empresário honesto, mas com dívidas fiscais geradas durante a pandemia. Esses empresários não devem ser punidos por terem sido parceiros do Estado e da Prefeitura, colocando em risco a sobrevivência do seu negócio e a subsistência da sua família, cumprindo o  #fiqueemcasa. 


Sabemos das dificuldades do Estado e das ´prefeituras com a queda de arrecadação, mas também sabemos que essas perdas foram parcialmente supridas pelas diversas medidas do governo federal como suspensão dos parcelamentos e recursos emergenciais. Da mesma maneira que nós empresários mudamos conceitos e exercemos a nossa solidariedade para manter nossas empresas vivas, é indispensável que o poder público tenha a criatividade para, de forma verdadeira, enxergar os empresários como parceiros, que nesse momento não precisam de mais cobranças, mas sim de ajuda.
Tambem sabemos da dificuldade para concessão de remissão ou perdão, mas precisamos de prorrogações e parcelamentos, sem multas punitivas e para pagamento em prazos compatíveis com o cenário atual.


Esse é o momento certo para que o governo do Estado da Bahia e a prefeitura de Salvador, mudem paradigmas, façam concessões criativas, abracem os seus empresários. Deem as nossas empresas o folego que elas precisam para voltar a produzir, apostem no nosso sucesso. Tenham certeza que breve voltaremos a crescer, a gerar emprego e renda, e a pagar os parcelamentos concedidos. Confiem em nós!