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Currículo em Taurino Araújo: ênfases e supressões

Por Rosângela Cidreira

Currículo em Taurino Araújo: ênfases e supressões
Foto: Acervo pessoal

O meu referencial teórico para destacar o fundo liberal de Taurino Araújo, CBJM em relação a conflito de interesses e convivência fraterna no mundo globalizado, com respeito total às diferenças, é o que denomino dosagem, ênfases e supressões curriculares em seu pensamento. Trata-se de inovador e rigoroso exercício da internacionalização do currículo, evidente em sua teoria mundial, o que se exterioriza ao produzir sentidos tão relevantes para auditórios diversificados dos pontos de vista das variações temporais (tecnológicas), reais e sociais nas quais se fundamenta tanto no Brasil quanto no exterior.

 

Propondo-se à análise de sentenças judiciais e processos sociais, individuais e criativos,   sempre a partir da realidade, com formulação respostas provisórias com base na “lei” e no conhecimento para somente depois estabelecer respostas definitivas dentro da aplicação de uma “lei” específica, relacionam-se na teoria da interpretação de Taurino Araújo, direito, educação, cidadania e holismo.

 

Taurino é uma "língua universal", um show de pensamento sistêmico. Chegue logo a hora em que a sua Hermenêutica de Desigualdade: Uma Introdução às Ciências Jurídicas e também Sociais (Editora Del Rey, 2019, 222p.), torne-se disciplina obrigatória para a aprendizagem do mundo nos diversos âmbitos do governo, negócios, educação, saúde e terceiro setor, para a efetiva "incorporação de uma dimensão intercultural e internacional no conteúdo, assim como o ensino, aprendizado, instrumentos de avaliação e serviços de suporte de um programa de estudo", segundo Betty Leask, isso através da conjugação de agendas institucionais mais amplas e focadas no conjunto, pois há muito os estudantes já vivem em um mundo globalizado que deles exige tornarem-se profissionais e cidadãos capazes de fazer uma diferença positiva em um locus cada vez mais interconectado e mesmo assim dividido.

 

Sueli Maria de Souza postula haver uma espécie de pedagogia viva em Taurino Araújo, capaz de ensinar e de aprender através de uma mediação hermenêutica, de uma calibragem da realidade em que tudo se mostra diferente, mas deve ser desdiferenciado nessa base. Antes, Ana Maria Santos Dias destacou essa instância provocadora de mudanças imediatas no modo de ver, ouvir e sentir. É endo e (exo)transdisciplinaridade construídas por Taurino Araújo para melhor percepção sobre qualquer conceito, ao envolver passado e presente, dentro e fora. É a resultante daquela função integradora, criativa, educativa e reformadora defendida por Fabiano André de Souza Mendonça, com base Cláudio Souto para ser — em perspectiva inédita — o auge de um inédito Direito Comparado, acessível para todos.

 

*Rosângela Cidreira é mestre em Letras, Linguagens e Representações pela UESC e doutoranda em Relações Interculturais da Universidade Aberta de Portugal

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias