PT x PT: Suíca volta a atacar PM, governo do Estado e chama Zé Neto de ‘alienado’
Por Sandro Freitas
Fotos: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O vereador petista Luiz Carlos Suíca, que tem se tornado conhecido por deixar de lado as questões partidárias e criticar ações que considera equivocadas do governo baiano (ver aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui), voltou a disparar contra correligionários, a Polícia Militar, o governo do Estado e, principalmente, o deputado estadual e também petista, Zé Neto, justamente o líder do Executivo estadual na Assembleia Legislativa. A crítica teve como base um comentário sobre a “agressão sofrida pela merendeira Célia das Neves, durante protestos de trabalhadores terceirizados das escolas estaduais Luís Viana Filho e Manuel Vitorino”. Segundo nota enviada pelo vereador, que também é diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza da Bahia, a manifestação era por causa dos salários atrasados dos funcionários. O petista partiu disparou contra o governo do Estado, cobrando mais “critério na contratação das empresas terceirizadas”. “Se o salário do deputado, do vereador ou do policial militar atrasasse, seria o maior barulho. É um absurdo o Estado insistir com empresas que estão violentando, recorrentemente, o direito dos trabalhadores. No primeiro indício de problemas, deveria cancelar o contrato. Eles têm todo o direito de protestar. O que não cabe é a Polícia Militar agir de forma truculenta, pegar uma mulher indefesa pelo pescoço e jogar no chão daquela forma”, disse.
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Merendeira Célia das Neves - Foto: Facebook
A nota traz uma crítica direta de Suíca a Zé Neto, sem relação clara com o caso citado acima, mas com a classificação do deputado como “alienado”. “O líder do governo continua achando que tudo está lindo. Só um alienado para achar normal uma situação como essa e para considerar correta a atitude da PM. Continuarei defendendo a minha categoria”, atacou Suíca. Uma audiência entre a Secretaria Estadual de Educação e a empresa Líder, que terceiriza o serviço das merendeiras, será realizada na tarde de quinta-feira (21), no Ministério Público da Bahia, quando deve ser discutida a suspensão do contrato. As declarações de Suíca são um dos motivos que levaram o presidente eleito do PT de Salvador a chamar a bancada do partido na Câmara de “anomalia”, o que o líder do grupo, vereador Moisés Rocha, negou.