'Parece que é uma questão política', diz presidente da Ademi sobre ISS para incorporadoras
Por Bárbara Affonso
Foto: Reprodução/ Studio Kin Kin
O presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Estado da Bahia (Ademi-BA), Nilson Sarti, recebeu com estranheza o posicionamento de vereadores da bancada governista favorável à cobrança de 5% do Imposto Sobre Serviços (ISS) às incorporadoras na venda de imóveis em Salvador. Em entrevista ao Bahia Notícias nesta quarta-feira (5), Sarti lembrou que ficou acordado “formalmente”, entre o prefeito ACM Neto e as entidades que compõem o Fórum Empresarial da Bahia, que “não existe ganho de um setor, mas prejuízo para a coletividade” na manutenção da cobrança proposta na reforma tributária sugerida pela prefeitura. “Me estranha o posicionamento porque na reunião com prefeito estavam vereadores da bancada governista, inclusive Kiki Bispo [presidente da Comissão de Justiça da Câmara dos Vereadores]. Parece que isso é uma questão política. Precisa haver uma maior explicação de que nosso posicionamento não é abrir mão nem beneficiar um setor, mas evitar insegurança jurídica e a judicialização da reforma tributária”, declarou. O dirigente da Ademi-BA considera a cobrança do tributo inconstitucional. “Já existem diversas decisões do STJ, a posição é muito consolidada, porque põe em risco a competitividade”, argumentou, ao informar que, caso aprovada, a medida deixará os imóveis da capital mais caros que os da Região Metropolitana de Salvador.