Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Geddel diz que governo de Wagner não se planejou e optou por 'dividendos eleitorais' da seca

Por Bárbara Souza

Geddel diz que governo de Wagner não se planejou e optou por 'dividendos eleitorais' da seca
Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
O vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Geddel Vieira Lima (PMDB) engrossou o coro das críticas feitas pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), João Martins, à atuação do governo de Jaques Wagner frente ao problema da seca, que atinge mais da metade dos municípios baianos. Com a promessa de que evitaria “o viés da crítica meramente política”, Geddel afirmou que havia reunido documentos e “dados objetivos” sobre o tema para a entrevista que concedeu, nesta quinta-feira (11), ao jornalista Samuel Celestino, no programa Bahia Notícias no Ar, da Rede Tudo Fm 102,5.  Com base em tais informações, disse, ele relatou que em 2005, a Bahia tinha um plano estadual de recursos hídricos “que identificou 215 reservatórios no estado, com capacidade em torno de 100 mil metros cúbicos de água e mais 24 reservatórios com capacidade de acumulação acima de 25 milhões de metros cúbicos, aí incluídos Sobradinho – o maior lago artificial do mundo, e Itaparica” e previa ainda a construção, “entre 2007 a 2020, de seis outros reservatórios, com um custo estimado de R$ 640 milhões”. Segundo Geddel, o governo de Wagner “não deu início a uma barragem” e “abandonou o plano de recursos hídricos de 2005 e não lançou as barragens previstas”, além de ter optado por um caminho “que não é o do enfrentamento da seca” e sim o que “traz mais dividendos eleitorais do que estruturantes”. Como exemplo, Geddel citou a adoção de um sistema baseado “exclusivamente” na implantação de cisternas. “Ora, cisterna é boa para acumular água se você tem água para acumular. Se não chove, como é que você vai captar água, se não tem um sistema de distribuição, se não tem barragens?”, questionou. O peemedebista relatou ainda que, antes de deixar o Ministério da Integração, consultou todos os estados afetados por longas estiagens sobre quais seriam suas obras estruturantes prioritárias. “A Bahia foi o único que não respondeu”, declarou, ao explicar que as informações norteariam a implantação de um “plano nacional de infraestrutura hídrica”. Para termo de comparação e “para fazer justiça” aos governos de César Borges (PR) e de Paulo Souto (DEM), o ex-ministro da Integração enumerou obras realizadas pelos ex-governadores. “A barragem Bandeira de Melo, a de Ponto Novo, a de Pedras Altas, de Pindobaçu e a barragem do França”, listou, ao completar: “E foi deixada iniciada a barragem de Cristalândia, a de Serra Preta, Santana e Lagoa da Torta”. Na opinião de Geddel, “estão tratando este governo como se fosse um governo de sete meses, mas é um governo de sete anos, que se exaure no próximo ano”, concluiu.