Líder da oposição na Câmara critica 'falta de diálogo' de Neto com camelôs antes de ação
Por José Marques
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador, Gilmar Santiago (PT), se disse "surpreso" com a decisão do prefeito ACM Neto em expulsar compulsoriamente os vendedores ambulantes das passarelas de Salvador. A medida foi anunciada pela secretária de Ordem Pública, Rosemma Maluf, e entrará em vigor a partir desta segunda (18). "O que me chama a atenção é que Neto garantiu durante a campanha eleitoral que era uma inverdade que sua gestão voltaria à era de [Antônio] Imbassahy, que perseguia os camelôs", afirmou, em contato com o Bahia Notícias. De acordo com o vereador - que tem relação com lideranças da categoria - "não há notícias" de que a prefeitura tenha discutido com os comerciantes sobre a ação. "Claro que queremos debater a organização do comércio informal da cidade, mas isso tem que ser feito com ampla discussão", avaliou. Segundo Gilmar, 400 mil pessoas vivem como vendedores informais na capital. "É um segmento importante da economia de Salvador e a prefeitura devia implantar políticas públicas para os vendedores, já que não há uma formalização do segmento", sugeriu. O comandante da ala da minoria no Legislativo municipal prometeu, já a partir desta segunda, levantar um debate na Casa sobre o tema. "Apesar de estarmos ainda organizando os assentos das comissões, vou propor que façamos uma audiência pública com a presença das comissões de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Turismo e Direitos do Cidadão para ampliar o debate nesse sentido", assegurou. Além de Gilmar, o independente Hilton Coelho (PSOL) também criticou a medida da prefeitura.