Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Sem entendimento, Sargento Isidório e Luciano Simões trocam acusações na AL-BA

Por José Marques

Sem entendimento, Sargento Isidório e Luciano Simões trocam acusações na AL-BA
A pendenga entre os deputados estaduais Luciano Simões (PMDB) e Pastor Sargento Isidório (PSB), que já provocou discussões no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia na última semana, está longe de acabar. Embora o peemedebista afirme que “não acredita” que o colega entre com uma ação contra ele na Justiça, “porque o deputado é livre em suas denúncias e existe a imunidade parlamentar”, Isidório garante que não deixará “impunes” as declarações do oposicionista. Simões disse, em entrevista à Rádio Metrópole, que o socialista recebeu R$ 14 milhões, em período eleitoral, de repasses do governo do Estado para a Fundação Dr. Jesus, centro de ressocialização para dependentes químicos comandado por ele em Candeias. “Na verdade não eram 14 milhões, a informação veio errada e eu retifiquei no próprio plenário. Foram R$ 7,8 milhões, o que não deixa de ser uma quantia valiosa. São praticamente três ou quatro prêmios da Mega-Sena. Quando não está acumulada, ela varia de R$ 1,8 a R$ 2 milhões. A função do parlamento é fiscalizar os atos do Executivo. E esse dinheiro vem através de um convênio com a Sedes [Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza] e outros órgãos do Estado”, afirmou Luciano Simões, em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com o parlamentar, a oposição encaminhou a relação dos repasses ao Ministério Público para que seja apurado se houve irregularidades. “Se não houver problemas de desvio de dinheiro [público] com a ONG dele [de Isidório], por que ele não aceitou assinar a lista para instalação da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] das ONGs estaduais? Porque o correligionário dele, Capitão Tadeu, assinou”, provocou.
 

 
Em resposta ao questionamento de Luciano Simões, Sargento Isidório se esquivou. “Olha... com esse deputado eu só converso no fórum legítimo. Na Justiça”, avisou. Segundo ele, por ter dito o valor incorreto dos repasses do Estado à Fundação Dr. Jesus, o peemedebista tem que pedir retratação ou “pedir renúncia do mandato”. “Então ele já confessou que é um mentiroso? Se eu disser que você é pedófilo na rádio e depois te peço desculpa, está certo isso? A retratação tem que ser na mesma proporcionalidade. Ele disse que eu recebi R$ 14 milhões para cuidar de apenas 100 pacientes”, condenou. Na contagem de Isidório, pelo menos 1,2 mil pessoas estão sob os cuidados da fundação.