O DILEMA DO SENADO II
Segue Celestino: "Até o momento, o escândalo envolvendo o alagoano já ultrapassou 100 dias de exposição na mídia, e durante todo esse tempo Calheiros recusou-se a se afastar do cargo, alegando repetidamente o que as provas contestam: diz ser inocente. O que imaginam os gênios que tecem a tese para salvar o mandato enlameado do alagoano? Estão a acreditar, ou querem que a opinião seja tão ingênua para aceitar que uma negociação tão aética salve o senador e a imagem do Senado? Para o senador, o pacto poderia ser uma saída. Para a instituição, no entanto, seria uma vergonha. Saída, sim, mas com uma ressalva: ele passaria a ser um morto-vivo, um zumbi a vagar pelos corredores do Senado. Não é só. Renan Calheiros continuaria enfrentando a sua agonia, que, para ele, responde pelo nome de Justiça”.